Título da redação:

Brasil: país dos privilegiados e dos despossuídos.

Tema de redação: Os impedimentos da Inclusão digital na contemporaneidade brasileira

Redação enviada em 03/11/2017

Com a terceira Revolução Industrial, ocorrida no final do século XX, as novas tecnologias foram amplamente difundidas, sobretudo, ao fim da Guerra Fria. Hoje, embora sejam indispensáveis para muitos, é notória a não inclusão digital na contemporaneidade brasileira, sendo, essa, fomentada pela crescente desigualdade social, tanto entre as pessoas, quanto entre as regiões. Sendo assim, mantém-se, ainda, a não democratização dos Em primeira instância, é necessário pontuar como fator primordial o crescente acúmulo de riquezas nas mãos de poucos, iniciado, em território nacional, desde a colonização portuguesa. Logo, muitos não dispõe de poder aquisitivo para adquirir os novos adventos tecnológicos e, num cenário em a valoração não é dada ao que você é, e sim ao que você tem, nutre-se, desse modo, a exclusão social. Conforme pesquisa do TIC Domicílios, apenas cerca de 16% dos domicílios das classes D e E possuem acesso à internet, demonstrando, por conseguinte, a não democratização tecnológica. Somado a isso, ao analisar-se a formação territorial brasileira, com o sucesso da economia cafeeira, ao fim do Segundo Reinado, o Centro-Sul passou a receber os maiores e melhores investimentos, potencializando, assim, as disparidades entre as regiões. Diferenças, essas, criticadas na segunda fase do romantismo e, perpetuadas até o Brasil contemporâneo, sobretudo, quando as regiões Norte e Nordeste são as que possuem a menor instrução quanto a utilização das novas tecnologias e acesso a essas, segundos dados do IBGE. Isto posto, torna-se difícil a inclusão digital em âmbito nacional. Torna-se imprescindível, portanto, o Estado diminuir as desigualdades sociais por meio de políticas públicas, a curto prazo, assistencialistas, como o Bolsa Família e, a longo, direcionar mais investimentos à educação a fim de dar mais perspectivas de ascensão social à população. O Governo Federal deve, ainda, em parceria com a iniciativa privada, investir na melhoria das regiões, por meio de licitações, visando diminuir as disparidades existente entre elas. Outrossim, faz-se necessário, também, o Ministério da Educação criar cursos profissionalizantes tendo como objetivo instruir, tanto o corpo docente escolar, quanto os alunos, na utilização das novas tecnologias e, em parcerias com ONGs, expandir tal projeto às periferias. Dessa forma, o país passará a ser, de forma lenta e gradual, mais incluído digitalmente e socialmente.