No limiar do século XXI, a exclusão digital é um dos principais problemas que o Brasil foi convidado a administrar, combater e resolver. Por um lado, o mundo está cada vez mais conectado ao mundo virtual; por outro, em nosso país crescem as desigualdades de acesso às tecnologias informacionais. A rede mundial de computadores é uma criação recente na história da humanidade. Desde que surgiu, em meados da década de 1980, a quantidade de dados eletrônicos cresce exponencialmente, segundo pesquisas realizadas pela empresa Google. Dentre esse material estão videoaulas e livros que propiciam a educação de brasileiros que possuem acesso a eles. No outro extremo da situação estão as pessoas de baixa renda, menor escolaridade e habitantes de zonas rurais, que fariam grande proveito do conteúdo educativo online. Contudo, muitas delas não têm acesso e nem conhecimento técnico para utilizar computadores. Nesse cenário, um dos motivos que impede a inclusão digital são as proporções continentais do Brasil. Sabe-se que vivemos na quinta maior nação do mundo em extensão territorial, o que dificulta e encarece as instalações de cabos de rede nas regiões mais afastadas dos centros urbanos. Assim, sendo o país predominantemente rural, muitos brasileiros não têm acesso à internet. Ainda, muitas pessoas beneficiadas pela posição geográfica, por viverem próximas às grandes cidades, não sabem manusear os computadores. Isso ocorre porque faltam profissionais e instrutores qualificados para orientar os usuários que desejam iniciar sua viagem pelo mundo da informática. Assim, para resolver o problema, o Ministério do Desenvolvimento Econômico, em atuação conjunta com o Ministério da Educação, deve fomentar a construção de antenas que forneçam internet à rádio para grandes áreas do território brasileiro, independentemente da instalação de cabos e fios. Outrossim, é necessário capacitar profissionais, por meio de cursos profissionalizantes, que ensinem a população como funciona e como se utiliza os meios digitais. Para isso, os órgãos governamentais podem utilizar verbas federais destinadas à educação, já que a internet auxilia na sistematização desta.