O capitalismo moderno e seu inerente processo de globalização foram capazes de deixar o mundo menor, a internet e os mais diversos equipamentos eletrônicos nunca estiveram tão presentes no cotidiano da população, no entanto, para milhares de pessoas, essa tão aclamada tecnologia ainda é um mistério. Sendo por opção ou não, a exclusão digital tornou-se uma questão relevante no Brasil e no mundo. Devido a visível desigualdade no acesso aos instrumentos digitais, a inclusão social visa estabelecer uma sociedade onde todos estejam aptos dentro dessa modernização, uma tarefa complicada, posto que a falta de estrutura ou problemas financeiros impedem que muitos usufruam destes equipamentos, estimulando não só a exclusão digital como também a exclusão social, afinal, as inovações tecnológicas tornaram-se imprescindíveis em diversos trabalhos e atividades que hoje moldam nosso mundo. Outros árduos rivais da inclusão social são os aspectos socioculturais que, embora em menores escalas do que antigamente, ainda se encontram presentes. Muitas vezes, a falta de interesse em estar inserido no mundo digital resulta em problemas como a falta de inclusão e, em casos mais graves, a um certo grau de etnocentrismo por parte da população, que acaba não reconhecendo um indivíduo como um cidadão comum simplesmente por deixar de fazer parte dessa quase que obrigatória cultura digital. Sendo assim, é necessário que as industrias digitais nacionais sejam estimuladas para que as tecnologias se tornem cada vez mais acessíveis, além disso, o Estado precisa reconhecer como fundamental os investimentos voltados para as estruturas básicas como, por exemplo, a eletricidade. Já em relação ás diferenças culturais, programas de caráter social devem ser realizados a fim de manter o respeito e a liberdade de opção daqueles que não procuram viver nessa grande globalização.