A partir do século XX, o desenvolvimento da indústria automotiva levou a um significativo aumento na quantidade de veículos circulando pelo mundo. Posteriormente ao desenvolvimento industrial, o acelerado processo de urbanização no Brasil, que ocorreu de forma desordenada, expôs um número cada vez maior de pessoas em contato com veículos automotores. Hodiernamente, as consequências de tal processo industrial são refletidas na problemática da violência no trânsito brasileiro, em que o exacerbado número de acidentes de transporte é responsável por efeitos drásticos para os brasileiros, como a morbimortalidade e prejuízos socieconômicos para o país. Em primeira análise, cabe pontuar que os acidentes de trânsito, além de consistirem em uma das principais causas de óbito, são também responsáveis por importante ocorrência de morbidade. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, no ano de 2020, acidentes de trânsito serão o segundo maior causador de anos potenciais de vida perdidos, visto que a cada ano 50 milhões de pessoas são feridas e 1,2 milhões morrem em desastres nas vias. Nesse contexto, urge a relevância da ação estatal na criação de projetos para combater a problemática. Faz-se mister, ainda, salientar os prejuízos socioeconômicos para o Brasil como uma das principais consequências da violência no trânsito. Segundo o Observatório Nacional de Segurança Viária, os acidentes que ocorrem nas estradas brasileiras custam 51 bilhões de reais por ano. Sob essa ótica, é incontrovertível que a criação e efetivação de projetos sociais, bem como políticas públicas que busquem reduzir a ocorrência de acidentes, proporcionaria imensos benefícios para a sociedade, uma vez que tal investimento destinado ao reparo das consequências da violência no trânsito poderá ser destinado para outros setores, como o aprimoramento das estradas brasileiras. Diante dos fatos supracitados, infere-se que ainda há entraves para garantir a solidificação de práticas que visem a construção de um trânsito sem violência. Em virtude disso, cabe ao Ministério dos Transportes garantir a segurança nas vias, por intermédio de parcerias público-privadas com autoescolas brasileiras, em que engenheiros de tráfego capacitados deverão instruir os alunos acerca da relevância da prudência por parte dos motoristas. Desse modo, os motoristas terão domínio da habilidade de dirigir o veículo automóvel, bem como a conscientização da importância de dirigir de forma prudente. Logo, a incidência de violência no trânsito irá minorar no Brasil.