O automóvel é um advento da Segunda Revolução Industrial, no século XIX, e é o principal meio de locomoção da sociedade contemporânea. Embora tenha sido um avanço tecnológico na diminuição do tempo e espaço, apresentam um grande problema: a violência no trânsito no Brasil. Assim deve-se analisar suas causas e a deficiência do Estado para solucionar o problema. Primeiramente, é importante considerar que o pouco investimento em educação é o maior responsável pelo aumento da violência no trânsito. Segundo dados do Instituto Avante Brasil mostram que o país ocupa o quarto lugar no ranking mundial de países com maior número de acidentes fatais e que grande parte dessas mortes são causadas por negligências, como embriaguez, excesso de velocidade e desrespeito à sinalização. Dessa forma, o caos nas vias urbanas, engarrafamentos e estruturas precárias, promovem a persistência de práticas imprudentes que continuarão causando acidentes e conflitos. Outrossim, destaca-se passividade dos órgãos fiscalizadores em punições aos infratores. Mesmo com a criação da lei seca, as medidas punitivas são brandas, se comparadas à gravidade da situação, visto que um condutor negligente pode transformar-se rapidamente em um assassino. Segundo a educadora de trânsito Márcia Pontes, crimes cometidos nesse ambiente não são tratados com tanta atenção como deveriam, pois possuem penas reduzidas. Dessa forma, a falta de punição funciona como mais um elemento que corrobora para a banalização da temática, ajudando a desfocar seus impactos sociais. É evidente, portanto, que a falta de educação e de penalização rigorosa corroboram para o aumento da violência no trânsito gerando grandes impactos à sociedade. Para isso, o Ministério da Educação, juntamente às empresas privadas do setor automobilístico, deve investir em projetos de educação no trânsito como palestras em escolas, universidades e comunidades. Ademais, a legislação necessita ser modificada, buscando penalizar transgressores vigorosamente e incluir medidas instrutivas como parte da punição para que assim evite a reincidência dos crimes.