A violência, um dos maiores males no Brasil, há décadas já se alastrou pelo trânsito. Todos os anos, milhares de acidentes e mortes são registrados, o que torna o país conhecido pelo trânsito caótico. Em primeiro plano, nota-se que o fator imprudência está, indubitavelmente, relacionado ao trânsito violento. Isso é perceptível na conduta tanto de motoristas quanto de pedestres, a exemplo de quando condutores falam ao celular enquanto dirigem e de quando transeuntes atravessam as ruas desatentamente. Enfim, ambos os lados erram, e as consequências podem ser nefastas. Mortes, atropelamentos, discussões e tantos outros problemas, que tornaram o país o 4º no ranking de brutalidade no trânsito, segundo o Instituto Avante Brasil, não só aumentam as despesas governamentais com internações, cirurgias e outros procedimentos médicos, mas também, frequentemente, deixam famílias desoladas com a perda irreparável de parentes e amigos. Além disso, outras preocupações são o consumo de álcool por pessoas que em seguida dirigirão – que a Lei Seca visa mitigar – e assaltos e sequestros nas próprias rodovias, que impõem medo aos cidadãos e fazem menos pessoas aderirem a práticas como o ciclismo ou o uso de transportes coletivos. Se, como sugere Kant, um indivíduo só agisse da forma como gostaria que os demais agissem para com ele, certamente o trânsito também estaria menos conturbado, pois haveria mais respeito. Desse modo, é necessário que o Departamento de Trânsito de cada estado, aliado à Polícia Rodoviária Federal, produza e lance cartilhas impressas e na internet, voltadas para todos os públicos, sobre boa conduta ao dirigir e punições cabíveis para as infrações mais recorrentes, que alerte para a necessidade de se ter um trânsito mais seguro. Ademais, esses mesmos órgãos devem fiscalizar fortemente as rodovias, a fim de evitar que motoristas sem habilitação, embriagados ou com veículos irregulares trafeguem e gerem transtornos.