Na antiga sociedade romana, o trânsito urbano crescia conforme as dimensões do Império aumentavam. Para dinamizar a locomoção, os romanos construíam estradas que conectavam todas as partes do território. Apesar da sua engenhosidade, a violência nessas estradas era presente e sua principal causa eram as diferenças culturais dos povos que nelas transitavam. Já no Brasil contemporâneo, a violência no trânsito possui outros fatores, como a impunidade dos infringentes e a debilidade educacional das escolas de trânsito. Martin Luther King, ativista político, defende que a ameaça à justiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em qualquer lugar. Ao se fazer uma análise da sociedade brasileira, verificam-se casos que, segundo essa filosofia, ameaçam a justiça. Segundo a colunista de assuntos de trânsito do portal de notícias Blumenews, poucos casos de violência no trânsito conseguem ser resolvidos e, dentre eles, a maioria dos acusados respondem em liberdade e sem consequências. É necessária, portanto, a agilização dos processos judiciais e a implantação de leis mais rígidas. Além disso, os atuais condutores brasileiros não possuem, em sua formação, aulas voltadas ao comportamento adequado em casos de estresse. Como consequência, não conhecem técnicas para controlar suas emoções e encontrar a melhor solução dos problemas que irão enfrentar caso se encontrem em situações conflituosas. Dessa maneira, medidas são necessárias para resolver o impasse. Almejando a agilização de processos judiciais ligados ao trânsito, o Poder Judiciário deve possibilitar o encaminhamento desses processos diretamente aos juízes atuantes diminuindo, dessa forma, a burocracia. O Poder Legislativo, por sua vez, deve realizar assembleias e definir leis e punições mais rígidas, visando diminuir os casos de impunidade. Do mesmo modo, o Departamento Nacional de Trânsito deve exigir das escolas de condutores aulas obrigatórias de psicologia do trânsito, contendo análises comportamentais que ajudarão os cidadãos a formar uma vida urbana mais segura.