É notório que a violência no trânsito é uma constante nas cidades brasileiras, o que além de trazer prejuízos individuais, acarretam impactos negativos à sociedade. Dentre tantos fatores que corroboram com essa violência, temos: um sistema jurídico brando para com essa categoria de crimes e uma educação precária no tocante à ética de convivência social. Sabe-se que, ao contrário do estabelecido constitucionalmente, crimes cometidos no trânsito são tratados de forma mais brande. Segundo a educadora de trânsito e colunista Márcia Pontes, crimes cometidos nesse ambiente não são tratados com tanto atenção como deveriam, sendo que a pena para estes, em comparação com os mesmos crimes em outras situações, possuem penas bastante reduzidas. Dessa forma, a falta de punição funciona como mais um elemento que corrobora para a banalização da temática, ajudando a desfocar seus impactos sociais. À luz da terceira lei de Newton, a falha em nosso sistema educacional também é outro fator que alude à realidade no transito. O indivíduo é tolhido de uma educação infantil que foque no auto controle e habilidade de convivência social, sendo então, na vida adulta, menos capaz de controlar seus impulsos e mais leviano em muitas de suas decisões, fatores esses que tem grande impactos nas situação estressantes presentes no trânsito, ocasionando o aumento da violência. Esse fator, além de trazer malefícios para o próprio indivíduo, impacta toda à sociedade. Segundo a Escola Nacional de Seguridade, anualmente são mais de 33 mil pessoas incapacitadas e mais de 140 bilhões de reais de prejuízo como saldo da violência. Conforme o exposto, pode-se concluir, que a violência no trânsito é resultado de vários fatores sócias, e traz impactos negativos à sociedade, devendo, portanto, ser combatida. Nesse contexto, o Poder Legislativo deve propor alterações no código penal, visando o endurecimento das penas de crimes cometidos no nessas circunstâncias, para que, assim, com penas mais rígidas, comportamentos agressivos sejam menos banalizados. Ademais, o Ministério da Educação junto com ONGs e a mídia, devem promover documentários e campanhas publicitarias, com o enfoque nos impactos que decorrem das situação no trânsito, além de buscar conscientizar as crianças no âmbito escolar, por meio de panfletos e palestras promovidas por sociólogos e pedagogos, visando prepará-las para o convívio social.