Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Os impactos da violência no trânsito brasileiro

Redação enviada em 24/10/2017

Em sua obra ‘’A banalização do mal’’, a filósofa alemã Hannah Arendt afirma que o pior mal é aquele considerado normal. Nesse viés, é possível perceber que a atual conjuntura de violência no trânsito é bastante prejudicial para os brasileiros, pois está enraizada em práticas culturais de desrespeito. Assim, é essencial que o Governo e a parcela engajada da sociedade civil unam esforços no intuito de uma mudança de paradigma. Com efeito, o brasileiro é bastante egocêntrico em suas relações sociais. Segundo o sociólogo Sérgio Buarque de Holanda, é comum nas terras tupiniquins a cordialidade. Para o pensador, os indivíduos possuidores dessa característica colocam o bem-estar pessoal acima do bem-estar coletivo. Desse modo, a falta de respeito compromete o deslocamento urbano, em que muitas pessoas são vítimas, a título de ilustração, de motoristas que insistem em dirigir sob o efeito do álcool. Além disso, a falta de fiscalização efetiva em muitas cidades colabora para a permanência dessas ocorrências, visto que os criminosos, na maioria das vezes, saem impunes, o que atesta certa negligência do Poder Público. Outrossim, é válido pontuar os estudos do sociólogo polonês Bauman. Em suas descobertas, o cientista afirma que vivemos em um período de falta de sensibilidade com o outro. Por conseguinte, a violência no trânsito é intensificada com práticas diárias de acossamentos e de discussões, muitas vezes, por motivos simples, como uma pequena demora de um motorista para realizar uma manobra com o carro. Essa situação traz vários efeitos negativos para a convivência social, como o aumento do estresse e da sensação de medo. Portanto, é mister que o Governo Federal invista verbas públicas no monitoramento do trânsito, por exemplo, com a implantação de mais câmeras de segurança nas rodovias, no intuito de facilitar a prisão dos infratores. Ademais, as universidades, em parceria com as instituições formadoras de opinião, como a família e a mídia, são imprescindíveis em realizar seminários e rodas de conversa, a fim de conscientizar as pessoas sobre a importância de ter paciência e respeito com o outro no contexto do trânsito. Dessa maneira, será possível arrefecer a banalidade dessa violência no Brasil.