O transito, nas grandes cidades, acabou se tornando mais um fator de estresse ao cidadão, não é incomum cenas como as do filme “Um dia de fúria”, em que uma batida de carro leva o protagonista a um grave surto psicótico. Atualmente, os índices de violência no trânsito brasileiro assustam e tem consequências como: alienação social e excessivos gastos públicos. Por isso, medidas se tornam necessárias para barrar o caos rodoviário. O aumento do poder aquisitivo do brasileiro gerou o crescimento do número de veículos nas ruas e ratifica a divisão de classes sociais. Parafraseando o sociólogo Zygmunt Bauman, a arquitetura contemporânea é uma aliada da separação da sociedade, os automóveis são, neste raciocínio, o extremo dessa alienação, por representar uma barreira entre quem anda ou não de ônibus. Assim, há uma elevação do status social de quem possui o bem em relação aos outros. Com isso, o maior numero de automóveis gera mais transito, causando mais estresse no condutor, abrindo possibilidades para mais acidentes. Outro ponto importante, o aumento do número de vítimas da violência no trânsito, gera a elevação dos gastos públicos. Desta forma, o sudeste, a região brasileira que mais têm acidentes, gastou em 2016, aproximadamente 60 bilhões de reais no resgate, hospitalização e regeneração, tanto de pessoas, quanto das próprias vias públicas. Em contrapartida, a medida do ex-prefeito Fernando Haddad que reduziu a velocidade das marginais paulistas e tinha reduzido o número de acidentes em 26%, diminuindo consequentemente o uso de verbas, foi revertida pelo atual prefeito, retomando os índices anteriores. O combate à violência do trânsito pode ser obtido, portanto, através da instituição nos cursos de auto escola, pelo Departamento Nacional de trânsito (DENATRAN), de cursos com simulador de vias, além do órgão agir nas rodovias brasileiras, diminuindo velocidades máximas e aumentando a fiscalização. Já os governos Estaduais e municipais, agiriam incentivando o transporte público, por meio da criação de pedágios para carros e motos nos centros urbanos, tornando o tráfego mais fluído e seguro. Permitindo assim, que a vida real não imite, mais uma vez, Hollywood.