Segundo o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, o Brasil possui uma malha rodoviária de 1.435,8 mil quilômetros. Nesta ótica, com uma área grande para o tráfego de automóveis, os acidentes no trânsito brasileiro ainda são tratados de forma branda o que se torna um problema em relação à crescente violência nesse meio. Em primeiro lugar, casos de violência e acidentes no trânsito geram efeitos negativos na economia do país, porquanto pessoas acidentadas deixam de produzir, terem renda e consumir. Além disso, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), o Brasil perde anualmente de 40 a 50 bilhões em razão da violência no trânsito. Por outro lado, o excesso de violência no trânsito ocorre não apenas pela grande malha rodoviária do país, dados do departamento de trânsito do Paraná (DETRAN-PR), indicam, por exemplo, que 9 em cada 10 atropelamentos são causados por erros dos motoristas, há também a ingestão de álcool como fato agravante, que ocorre mais entre os jovens. Aliado a isso, a sensação de impunidade que o infrator de trânsito tem colabora para o aumento do problema da violência no trânsito brasileiro. Faz-se necessário, pois, como disse Martin Luther King, que é sempre a hora certa para fazer a coisa certa, que os DETRANS de todos os estados em parceria com o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação civil, façam programas de formação mais humana para os novos condutores, para isso esse programa deve ter aulas de ética e cidadania para desenvolver a consciência de bom convívio em sociedade no novo motorista. Não obstante, na seara legislativa, é preciso a criação de uma legislação que impute penas mais severas para retirar da população a sensação de impunidade no transito. Além disso, o Governo Federal deve priorizar campanhas midiáticas com profissionais de trânsito e do comportamento humano em todos os suportes possíveis, como exemplo a TV, rádio, internet para que gere nas pessoas uma reflexão sobre a importância do respeito no trânsito.