A violência no trânsito é a responsável por inúmeros problemas. Todos os anos ocorrem diversos acidentes que provocam desde mortes até perdas de funções motoras e invalidez permanente. Não raro, a imperícia e a impaciência são as principais razões dos transtornos no trânsito. Elas geram vítimas fatais que engrossam estatísticas ano após ano e causam impactos em famílias e no país como um todo. As principais causas de distração e imperícia no volante estão ligadas a fatores como uso de celular ao dirigir, embriaguez (principalmente entre os jovens), excesso de velocidade e não aplicação de princípios de direção defensiva. É evidente que essas práticas nocivas causam muitos acidentes evitáveis e levam a morte de jovens, atropelamentos e engarrafamentos em centros urbanos, trazendo ainda sérias consequências econômicas ao país: acidentes no trânsito fizeram o Brasil perder 146 bilhões no PIB em 2016, segundo a Escola Nacional de Seguros. Esses impactos financeiros estão intimamente ligados aos custos com saúde, estragos em vias públicas e pagamentos de seguros. Não obstante, ainda que haja a perícia ao dirigir, ocorrem casos em que a imperícia de terceiros geram prejuízos e brigas de trânsitos entre os envolvidos. Motoristas que se sentem vítimas nessas situações se impulsionam em atitudes agressivas na tentativa de resolver o problema, o que resulta em ainda mais violência, depredações e em alguns casos extremos até mesmo morte. É inaceitável que motoristas apresentem tal comportamento hostil e inadequado após passar pelos processos de formação de condutores. Esse comportamento, atrelado ao número de acidentes, só demonstra que há alguma deficiência na formação de motoristas no país. A problemática do trânsito deve ser tratada na raiz. É preciso que os centros de formação de condutores aprimorem e passem a implementar uma Educação no trânsito no lugar do atual adestramento. Essa educação deverá ter caráter esclarecedor ao mostrar os impactos causados pela violência e imperícia no trânsito, como os gastos com seguros, mortes prematuras e os prejuízos inclusive na Economia. Com educação e esclarecimento poder-se-á reduzir os números de mortes e promover uma cultura preventiva de acidentes, reduzindo os impactos negativos.