Quando o ex-presidente Juscelino Kubitschek investiu no setor rodoviário e automotivo, jamais poderia imaginar os impactos no que tange a violência no trânsito brasileiro atual. Sendo assim, vale a análise e o aprofundamento dos impactos desta problemática em aspectos da realidade presente, da economia e da sociedade, a fim de buscar melhores perspectivas que respeitem o bem comum. Principalmente nas grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, o trânsito tem sido um problema não apenas de fluxo de movimento dos automóveis, mas também tem se apresentado como o combustível que inflama o estresse e, em alguns casos, a violência. Isto é, pelo fato de motoristas ficarem horas nos carros, enfrentando barulho e poluição, qualquer incidente é capaz de produzir violência, seja verbal, com xingamentos e ameaças, ou física, com brigas e danificações propositais de veículos. Além disso, vale salientar que a inércia da violência no trânsito brasileiro tem causado impacto no desenvolvimento econômico do país. Segundo o Portal de Economia do jornal Estadão, 28 mil pessoas ficaram com invalidez física em 2016 devido a acidentes de trânsito, o que refletiu em uma perda anual de 146 bilhões de reais. Nesse sentido, percebe-se que com a continuidade desse problema urbano, maior será a perda econômica, como também menor será a qualidade de vida das vítimas com invalidez, tendo em vista que muitos traumas são psicológicos, como a síndrome do pânico, e físicos, a exemplo de amputações, paraplegia e tetraplegia. Com isso, é imprescindível o Departamento de Trânsito (DETRAN) instituir a obrigatoriedade de a cada 2 anos os motoristas fazerem testes psicológicos, como um meio de avaliar a saúde mental diante de momentos estressantes. Outrossim, para melhorar a mobilidade urbana e, consequentemente, os reflexos que levam a ocorrência da violência no trânsito, cabe o investimento do governo Executivo, junto à empresas privadas, em transportes públicos de qualidade, com Wifi, ar condicionado e poltronas confortáveis. Desse maneira, haveria a diminuição de carros nas ruas, pelo motivo do serviço público ser de qualidade e de funcionar adequadamente. Feito essas ações, melhoria na condição atual da violência no trânsito brasileiro aconteceria.