Will Treynor, um jovem executivo muito bem sucedido, sofre um acidente de trânsito, que por sua vez, resulta na perda de movimentos de seus braços e pernas. Esse, apesar de ser um caso extraído do romance Como eu era antes de você da autora Jojo Moyes, é uma realidade intensamente frequente no Brasil, já que 28 mil pessoas sofrem com a invalidez permanente por ano, de acordo com a Escola Nacional de Seguros. Assim, mostra-se necessário explorar os caminhos que levam à violência no trânsito e seu combate. Imerso nesse pensamento, tem-se que o individualismo é uma das principais causas para o problema em questão, ao passo que apenas quando o ser não possui a capacidade de se preocupar com o outro, pode se tornar apto a cometer crimes, como dirigir alcoolizado. Desta forma, é indubitável que o movimento literário brasileiro intitulado Romantismo, expõe seus resquícios na atualidade, já que esse propagou em sua segunda fase, o Mal do Século, que consistia no ato do ser se individualizar por acreditar que a ação de se importar com os outros não fazia diferença na sua existência. De maneira maximizada, a Constituição Federal de 1988 prevê que todos possuem direito a vida. Nesta perspectiva, se um cidadão é precursor de um acidente de trânsito, que deixa impactos profundos na vida de outrem, esse deveria responder por seus crimes de uma maneira que não fosse leviana, à medida em que, nos dias atuais, o ser que comete um crime deste porte recebe apenas uma pena branda, a exemplo do pagamento de indenizações ou até mesmo cestas básicas, o que o leva a não se importar e cometer o crime novamente. Fica clara, portanto, a necessidade de punir os autores de crimes de trânsito com mais intensidade. Nesta ótica, o Poder Executivo deve intervir, fomentando uma penalização mais alta para as mazelas em questão. Somado a isso deve haver uma mudança na grade curricular obrigatória dos estudantes, por meio de uma iniciativa do Ministério da Educação, prevendo assim, tanto a implementação dos assuntos de moral e ética, objetivando a formação de um senso de alteridade pelos jovens, quanto o conteúdo de educação no trânsito, para que mesmo antes de dirigir, o ser saiba como proceder de forma educada neste ambiente. Para que assim os impactos da violência no trânsito brasileiro sejam amenizados.