A violência no trânsito, no Brasil, é muito recorrente e, diversas vezes, pouco discutida pela mídia e pela sociedade. Neste contexto, em razão da violência e dos acidentes, o país deixa de produzir mais de 140 bilhões de reais em impostos por ano, segundo dados da Escola Nacional de Seguros. Todavia, a perda financeira não é comparável ao maior impacto que a problemática causa: o desperdício da vida humana. É necessário, em primeiro lugar, enumerar as causas da frequente violência existente hoje no trânsito brasileiro. Em primeiro plano, a imprudência dos motoristas – que muitas vezes não respeitam os limites de velocidade – e a irresponsabilidade dos pedestres – que frequentemente não obedecem à sinalização – podem ser apontados como causa da questão. Neste cenário, o brasileiro está inserido em uma “cultura de velocidade”, na qual a rapidez de suas ações guiam a sua vida. Dessa forma, ele almoça mais rápido, trabalha mais rápido, vive mais rápido, e, consequentemente, morre mais rápido. Além disso, também é cabível ressaltar o fato de que os motoristas brasileiros têm a tendência de se tornar mais violentos no trânsito, uma vez que a segurança proporcionada pelo carro os faz sentir assim. Da mesma maneira que ocorre nas redes sociais, meio pelo qual surgem diversos agressores protegidos pelo anonimato, no trânsito é comum à violência verbal e não verbal entre motoristas. Dessa maneira, pequenos problemas, como simples batidas ou esbarrões, são resolvidos com discussões, agressões e, muitas vezes, causam mortes. É inegável, portanto, a grandiosidade dos impactos gerados pelo trânsito. Desse modo, visando a redução das infrações, o Detran deve aplicar maiores multas e perda de pontos na carteira a motoristas que ultrapassem os limites de velocidade. Ademais, ONGs devem realizar campanhas informativas sobre seguranças nas vias em escolas e universidades, de maneira que faça com que os pedestres tenham mais consciência.