Segundo o sociólogo Émile Durkheim, a sociedade, assim como um organismo biológico, é composta por várias partes que interagem entre si e por esse motivo deve estar em pleno equilíbrio sendo igualitária e coesa, desse modo, se uma das partes funcionar mal, outras áreas da sociedades também serão afetadas. Tal fenômeno ocorre quando se analisa os impactos da violência no trânsito brasileiro, fato que contribui para desequilibrar o organismo biológico proposto pelo sociólogo devido às leis pouco eficientes e à falta de educação por partes dos motoristas e pedestres. De acordo com os dados da Escola Nacional de Seguros, só no ano de 2016 ocorreram 33,5 mil mortes no trânsito além de outras 28 mil vítimas de acidentes ficarem inválidas permanentemente. Dados que expõem a dimensão da violência no trânsito brasileiro e denuncia a fraqueza das leis. Com isso, segundo esse mesmo estudo, o prejuízo afetou até o Produto Interno Bruto do país, mostrando que a sociedade só tem a perder com tamanho problema motivado, entre outras razões, pela falta de leis mais eficientes. Além disso, outro fator agravante na questão da violência no trânsito é a falta de educação e conscientização por parte das pessoas que dirigem bem como por parte dos pedestres. Avançar o sinal vermelho, não respeitar a placa de pare, consumir bebidas alcoólicas antes de dirigir mesmo com a lei seca proibindo, são só alguns exemplos da falta de respeito por parte dos motoristas. Da mesma forma que muitas pessoas não respeitam o sinal de pare para pedestres ou andam na rua ao invés de andar na calçada, são outros maus exemplos dados por aqueles que não dirigem. Consequentemente, com tantos desrespeitos ocorrem muitos acidentes e tragédias com mortes. É necessário, portanto, que o Poder Legislativo na esfera federal crie leis mais severas com poder de punir e ao mesmo tempo inibir as infrações e a consequente violência no trânsito. Ademais, o Poder Executivo dos municípios deve executar as leis com mais eficiência a fim de combater esse problema que o país enfrenta ainda nos tempos atuais. Por outro lado, as mídias podem colaborar maximizando as propagandas que eduquem e conscientizem as pessoas sobre os problemas causados pela violência no trânsito brasileiro. Dessa maneira, havendo menos acidente, violência e morte, a sociedade estará mais suscetível a se tornar cada vez mais equilibrada e igualitária em suas diversas partes.