Título da redação:

Os efeitos econômicos da violência no trânsito

Tema de redação: Os impactos da violência no trânsito brasileiro

Redação enviada em 19/03/2018

Em meio a atual crise de recessão vivida pelos brasileiros, a violência no trânsito tem sofrido um profundo impacto econômico, tendo como consequência a perda da capacidade produtiva causada por acidentes. Nessa perspectiva, a mão de obra disponível no mercado de trabalho vem diminuindo consideravelmente nos últimos anos. Aliado a isso, observa-se um maior gasto, por parte do governo, com aposentadorias por invalidez. Em virtude de um tráfego mais agressivo, há uma diminuição de cidadãos que contribuem para um melhor fluxo de produção. Eles deveriam estar inseridos na População Economicamente Ativa (PEA), que busca separar aqueles que estão em idade e condições físicas para exercer algum ofício no comércio trabalhista, do restante da sociedade. Entretanto, muitos acabam sendo alvos da enorme violência vigente na circulação de veículos e isso na maioria das vezes resultam em óbito. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), os acidentes de trânsito são considerados a causa principal de morte nos país pela a população de 15 a 29 anos, ápice da idade para a inclusão em alguma atividade remunerada. Dessa forma, é visível um déficit orçamentário no Produto Interno Bruto (PIB). Outrossim, como consequência da crueldade vivenciada diariamente ao deslocar-se, muitas pessoas se tornam incapacitadas de realizar uma profissão. O acidentado, então, perde sua capacidade laboral em definitivo, cabendo ao INSS conceder pensões através da aposentadoria por invalidez. Boa parte da parcela dos beneficiários está em plena idade produtiva, porém, devido às sequelas físicas do acidente, são obrigados a se afastar do trabalho e a depender da ajuda pelo resto da vida. Segundo dados da Previdência Social, o gasto com auxílios-doença, aposentadoria por invalidez e pensões por morte contabilizaram 25,6 bilhões de reais no período compreendido entre 2003 a 2012. Desse modo, percebe-se gastos absurdos relacionados à violência no trânsito que poderiam ser transferidos para o melhoramento de outro setor social. Nesse sentido, é importante solucionar esse grave problema o mais rápido possível para que impactos financeiros não atrapalhem a economia brasileira. Compete ao Ministério da Educação (MEC) a implementação da matéria “educação no trânsito” no ensino médio regular para que os alunos tenham ciência do perigo e prudência no volante, ministrando aulas que auxiliam na compreensão do assunto. Cabe ainda ao DETRAN, a elaboração de simuladores de direção como obrigatoriedade para se obter a CNH, pois permite o indivíduo vivenciar cenários extremos que enfrentará, tendo a chance de treinar a capacidade de tomada de decisões em defesa da vida. Com essas ações, o número de acidentes causados no trânsito irá diminuir significativamente e como corolário, haverá uma menor perda anual do PIB, dando ao governo a oportunidade de se ter menos gastos com esse problema.