O caos estabelecido no trânsito das principais avenidas e estradas do Brasil começou a ser escrito desde o inicio da história desse país, pois, elas não foram pensadas ou planejadas, apenas construídas de acordo com o crescimento das cidades. Estradas e avenidas más estruturadas, mobilidade urbana deixa de lado, poucos guardas de trânsito, transporte público de má qualidade e longos engarrafamentos são alguns dos exemplos que tornam esse ambiente não apenas estressante, mas, perigoso. E esse perigo não está apenas relacionado a acidentes causados por indivíduos que bebem e pegam no volante. Mas também aos danos colaterais causados pelas batidas de trânsito e ao preconceito de gênero, por exemplo. Em muitos casos, indivíduos acabam partindo para agressões físicas e verbais após batidas de carro, e, se um dos envolvidos for mulher, as ofensas podem ser ainda maiores. E, infelizmente, já virou machete de jornais "homem morre após bater no carro". De fato, muitas pessoas já perderam suas vidas em estradas e avenidas. De acordo com o Ministério da Saúde esse número é aproximadamente 45 mil. No meio desses 45 mil indivíduos, encontramos principalmente ciclistas e motociclistas, que acabam "competindo" por espaços com os carros e ônibus. Em muitos casos, as mortes dessa classe é gerada pela falta de respeito e até mesmo de aprendizagem de muitos motoristas. Afinal, só a partir de 2015/2016 que as auto-escolas ficaram mais rígidas em relação aos ciclistas e motociclistas nas aulas práticas para retirar a carteira para carros. Nessa perspectiva, não basta realizar campanhas de conscientização nas principais mídias (radio e TV), é necessário que os órgãos responsáveis como o DETRAN amplie a formação dos motoristas. Através da realização de provas práticas mais rigorosas, que aumente a consciência do espaço, pois ele não é apenas do carro, mas do ciclista, do motociclistas e do pedestre. Dessa forma, aos poucos, os novos motoristas vão sendo cada vez mais consciente, aumento as expectativas para diminuição dos índices de mortalidade no trânsito.