Título da redação:

Brasileiros: Velozes e Furiosos

Tema de redação: Os impactos da violência no trânsito brasileiro

Redação enviada em 21/06/2018

É indubitável que a violência no trânsito é uma realidade no Brasil, visto que, segundo o jornal Estadão, em 2016, 33,5 mil pessoas morreram em acidentes de trânsito, além dos feridos reportados. Sobretudo, a violência no trânsito pode se configurar fisicamente e até verbalmente com xingamentos, ademais, a imprudência ao dirigir alcoolizado podem gerar grandes impactos irreversíveis à vida de inocentes. Logo, sendo previsto na Constituição Federal que cabe ao Estado a preservação da vida, a sociedade não é desobrigada a cumprir sua função para o bem maior, no entanto, vê-se a negligência de ambos, pois falta de fiscalização dos órgãos competentes e o individualismo preponderante nos brasileiros fortalece a conjuntura atual, sendo necessárias mudanças, afim de que os impactos da violência tanto física, quanto verbal, sejam erradicados. É sabido que durante governo de Juscelino Kubitschek a indústria automobilística teve crescimento exponencial, sendo, hodiernamente, comum na sociedade brasileira a aquisição de carros e motos em geral. No entanto, tal desenvolvimento trouxe consigo fatalidades que se tornaram comum, como mortes, feridos e prejuízos ao erário. Ocorre que, mesmo o Brasil tendo leis severas no âmbito do trânsito, a falta de fiscalização dos órgãos competentes e o descaso quanto a punição adequada, corroboram a persistência de tal imbróglio que fere vidas. Outrossim, as falhas nos métodos de contração de habilitações, como testes psicológicos e de direção não aprofundados, inserem às ruas pessoas com inaptas a direção, por apresentar agressividade, competitividade e até falta de coordenação motora, o que consequentemente pode levar a desastres irreparáveis. Destarte, a saga de filmes "Velozes e Furiosos", apesar de aclamada pelos telespectadores por conter extraordinários carros em manobras radicais que sempre dão certo, também reporta como a falta de respeito e o uso indevido de carros, como em disputas, pode levar a mortes e feridos. De maneira análoga, os brasileiros incorporam tais atitudes, as quais veneram, em vias públicas, sem levar à consciência os riscos. Logo, a intolerância e o individualismo, já descrito pelo sociólogo polonês Zigmunt Bauman, é notável na sociedade que está sempre apressada e não consegue desenvolver a empatia para relevar os erros, mas está disposta retribuir na mesma moeda quando insultada. Vê-se então refletida, além da máxima de machadiana, o homem é desprovido de bondade, a animalização do movimento realista, sendo necessário repensar a maturidade do hominídeo para portar armas tão poderosas como carros e motos na atualidade. Exposta a problemática, fazem-se presentes medidas para conter os impactos causados pela violência no trânsito: o Governo Federal deve criar uma campanha de conscientização nas mídias televisivas informando os perigos de uma direção imprudente, bem como a importância de relevar e evitar discussões com outros motoristas, afim de que a grande massa populacional possa transformar seu comportamento de individualista à empático nas vias. O mesmo órgão juntamente com o Departamento de Trânsito(DETRAN), deveram modificar as avaliações psicológicas e de direção, deixando-as mais aprofundadas, com intuito detectar pessoas incapacitadas para direção e prevenir assim futuros acidentes. Só dessa forma, utilizando os meios adequados, velozes e furiosos não será característica do motorista brasileiro.