Título da redação:

Uma nova forma de fazer negócios

Tema de redação: Os impactos da economia colaborativa no cenário de crise econômica do Brasil

Redação enviada em 26/04/2018

A economia sempre foi mutável ao longo de toda a sua história. Seguindo essa lógica e confirmando seu comportamento dinâmico, surgiu, há aproximadamente dez ou quinze anos, um novo modelo de negócios, integrado às novas tecnologias e baseado no compartilhamento e na colaboração, que foi denominado de economia colaborativa. Essa forma de mercado, da qual fazem parte o Uber e o Airbnb, chegou há pouco ao Brasil e, desde então, tem impactado no cenário de crise econômica instaurado no país. É importante destacar que, consoante especialistas participantes de um debate exibido pela GloboNews, os produtos e serviços oferecidos por plataformas adeptas da economia colaborativa costumam ter preços mais baixos que aqueles praticados nas empresas convencionais. Isso é um fator que modifica a dinâmica de mercado, uma vez que promove maior concorrência. Destarte, os consumidores são beneficiados pela maior quantidade de opções e pela possibilidade de escolher qual delas é a mais adequada para seu orçamento na atual situação de dificuldade econômica. Todavia, embora beneficie os consumidores, muitos dos serviços baseados nesse inovador modelo de negócios têm causado preocupação nos concorrentes por não existir, até então, legislação que os regulamente adequadamente. Nesse sentido, já houve casos extremos em que Ubers foram agredidos por taxistas revoltados com a invasão do seu espaço. Esses atos, não obstante sejam desproporcionais pela violência empregada, expõem a necessidade do Estado de preservar a harmonia do mercado interno mediante a garantia da leal concorrência. Em vista do que foi discutido, percebe-se que a economia colaborativa impacta positivamente a situação dos consumidores em tempos de crise. Por outro lado, a falta de regulamentação está ameaçando o equilíbrio do mercado, que precisa ser mantido. Assim, cabe ao Poder Legislativo Federal, no exercício de sua atividade típica, desenvolver normas que regulem a atuação das diversas plataformas nos respectivos nichos econômicos, de forma que não haja desequilíbrio nem concorrência desleal. Ademais, o Poder Executivo, mediante suas agências reguladoras e seus agentes, deve fiscalizar a atuação desses novos empreendimentos para o integral cumprimento das novas leis. Dessa maneira, esse novo modo de fazer negócios poderá oferecer todas as suas vantagens aos brasileiros.