Em períodos de crise econômica, o destrinchamento mais notório é o crescimento da taxa de desemprego da população. Como efeito reativo a essa situação, o próprio mercado tende a propor as soluções que irão suprir a ausência de empregos e que se adaptam as novas demandas públicas de conscientização social e ambiental, consequência do afirmamento da economia colaborativa e do capitalismo consciente. Entretanto, as condições burocráticas do nosso país atrasam esse processo. O Brasil é considerado um dos piores países para se empreender. O processo de abertura de uma empresa demora por volta de cento e quarenta dias, fora a carga tributária elevadas e os trâmites burocráticos. Sendo assim, organizações colaborativas como o Uber e o Airbnb, que propõe formas democráticas e honestas de se obter uma renda - algo extremamente relevante em períodos de crise econômica - acabam sendo prejudicados por conta desses empecilhos estabelecidos pelo Estado. Paralelo a isso, hoje existe um processo de readaptação das empresas frente a exigências ambientais e sociais dos indivíduos, que é o chamado "Capitalismo Consciente". Tais empresas buscam atuar de forma colaborativa, tendo por base uma geração de valor mútua em uma dinâmica beneficiária entre o empregador e o empregado, além de prezar pela não agressão ao meio ambiente, portanto, atuam suprindo as mazelas do Estado. Entretanto, o número de organizações que operam dessa forma seria muito maior se as condições para tal ajudassem. Em vista disso, é plausível afirmar que a economia colaborativa é um processo natural e espontâneo operado pelas demandas do mercado. Sendo assim, o mais óbvio seria a facilitação desse processo por meio da diminuição das exigências regulamentares e da carga tributária imposta às empresas, além da facilitação do método de abertura de empresas, desburocratizando esse procedimento, ambas demandas que estão a cargo dos nossos representantes no Congresso. Com isso, espera-se que a economia colaborativa diminua os impactos negativos da crise econômica.