Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Os impactos da economia colaborativa no cenário de crise econômica do Brasil

Redação enviada em 19/06/2018

Um estudo realizado pelo IE Business School e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) mostrou o Brasil como líder latino-americano em iniciativas no segmento da economia colaborativa. O cenário de crise econômica, onde a taxa de desemprego alcançou 13,1% segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), contribuiu para esse crescimento. No entanto, empresas tradicionais requisitam a regulamentação das companhias de serviços compartilhados, que não se enquadram na legislação atual. Os seres humanos têm a capacidade de adaptar-se em diversos contextos, desde a criação de ferramentas para atender às necessidades até as pesquisas e descoberta de medicamentos para tratar determinadas doenças. Com a mudança no cenário financeiro do Brasil e o surgimento do modelo econômico que facilita o compartilhamento e a troca de serviços e objetos através da tecnologia, cada vez mais pessoas aderem ao uso da economia colaborativa. Sendo assim, as companhias de serviços compartilhados são uma opção para os desempregados e para os que buscam complementar a renda. Outrossim, os trabalhadores são vistos pelas empresas como parceiros e não funcionários. Como parceiros, os trabalhadores são autônomos, ou seja, não possuem carteira assinada e nenhum direito trabalhista previsto na legislação. Além do mais, não existe fiscalização do trabalho e das pessoas que o executam, o que não oferece segurança aos usuários em relação à qualidade do serviço e até mesmo da índole dos atendentes, já que a única informação advém somente de avaliações anteriores feitas por outros usuários. Por isso, as empresas tradicionais atuantes nas áreas onde a economia colaborativa ganhou espaço, como nos ramos imobiliário, com a Airbnb, e de transportes, com a Uber, solicitam a regularização das companhias de serviços compartilhados. Em suma, a economia colaborativa ainda é uma novidade que enfrenta questões legais e trabalhistas. Portanto, o Poder Legislativo nacional deve estudar a atuação das companhias de serviços compartilhados e criar uma legislação que considere as particularidades desse novo modelo econômico e um órgão auditor para fiscalização dos serviços prestados e que garantam também os direitos dos trabalhadores, previstos na consolidação das leis do trabalho, e a segurança do consumidor. A economia colaborativa deve permanecer como um novo meio de troca de serviços e opção para os trabalhadores que não conseguem colocação no concorrido mercado de trabalho, mas como concorrentes ao modelo tradicional, não sobreposto a ele.