Peter Druck, pai da administração moderna, dizia que a inovação não é uma invenção, mas sim uma nova vertente da economia. Nesse contexto, hoje, o desenvolvimento de novas formas de compartilhamento de serviços está dinamizando o atual cenário do mercado e rendendo discussões acerca da legitimação dessas ferramentas em detrimento das pré-existentes. Assim, é preciso analisar as partes para que se encontre um equilíbrio. Em um primeiro momento, é válido ressaltar que esse novo comércio colaborativo contribui para a renda de muitos ociosos. Isto é, em tempos de instabilidade econômica, foi criada alternativas onde alguns indivíduos podem oferecer sua força de trabalho, como em aplicativos de transporte, ou até a própria estrutura domiciliar para abrigar viajantes e ter uma renda sem um vínculo, de fato, empregatício. A Dog Hero é um grande exemplo desse modelo, onde pessoas podem se tornarem cuidadoras de cachorro e adquirem uma porcentagem daquele serviço. Ademais, há quem critique a reduzida burocratização para essas novas ferramentas do mercado. Essa discussão foi para o âmbito político através da Plc 28/2017 que, após votações, foi fragmentada, a fim de manter a atual flexibilização que beneficia os novos aplicativos de carro. Tal decisão foi acertada, uma vez que as regulamentações devem acompanhar os benefícios que tais serviços oferecem ao consumidor, adequando as diretrizes às inovações e tentando equilibrar a concorrência. Fica claro, portanto, que essa economia compartilhada contribui para o mercado, de modo que o alimenta e amplia as opções para o cliente. Assim, o Ministério da Fazenda pode negociar com as prefeituras a diminuição das barreiras e exigências para se dirigir táxis, de modo que tais decisões sejão em concordância com o sindicato. O Sebrae, organização que incentiva o empreendedorismo, pode convidar as associações de serviços pioneiros para palestras e workshops que incentivem a incorporação da tecnologia nos seus produtos, oferecendo cursos e mostrando com as novas startups estão atuando.