Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Os impactos da economia colaborativa no cenário de crise econômica do Brasil

Redação enviada em 30/04/2018

No filme, “Segunda-feira ao Sol”, o desemprego assola uma cidade espanhola e os operários de uma fábrica falida se vêem sem oportunidades de emprego para se sustentarem. Contanto, fora das telas, os inúmeros desempregados brasileiros, gerados pela crise atual, enfrentam um problema muito semelhante: a falta de uma renda fixa. Em contraposição aos personagens do longa metragem, os brasileiros tiram seu sustento de empresas de economia compartilhada, não porque desejam encarar todos os prejuízos legais e econômicos que consequentemente lhes surgem, mas porque não lhes resta outra opção. Partindo do ponto de vista nacional, quando o Estado cobra altos impostos das empresas locais e não regulariza as estrangeiras de economia em rede, permite que as últimas ofereçam produtos e serviços a um menor preço, dificultando o aquecimento do mercado interno e obrigando os desempregados a permanecerem em tal posição. Entretanto, deve-se aprender com os erros do passado e, se, em 1808, com a “Abertura dos Portos”, o Brasil tornou-se economicamente dependente do exterior, mais precisamente da Inglaterra cujos produtos possuíam menores taxas, atualmente deve-se fortalecer o mercado brasileiro para finalmente reestruturar a sua economia, já que, como disse o intelectual Martin L. King, toda hora é hora para se fazer o certo. Sabe-se que, além do descontrole regulamentar, a falta de infraestruturas das empresas de economia colaborativa, que atuam terceirizando o trabalho de seus funcionários, igualmente se reflete como uma problemática. Afinal, quando um trabalhador terceirizado precisa reclamar de algo com a empresa, ele não tem aonde ir. Ademais, segundo o jornal Estadão, a Uber, uma das empresas representantes desse processo, aumentou o seu número de empregados em 66% em 6 meses de 2015 para 2016. Denotando, assim, a desproporção entre o número de sedes e de trabalhadores, o que amplia a falta de suporte estrutural das redes e a dificuldade dos empregados de acessarem os mesmos direitos legais que um trabalhador de empresa fixa. Torna-se claro, pois, que, apesar de conterem a atual crise brasileira de desemprego, as empresas de economia compartilhada também colaboram para a fomentação dessa mesma crise. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. É dever da Câmara dos Deputados Federais regularizar constitucionalmente a ação dessas empresas, colocando-as no mesmo patamar que as já existentes quanto ao pagamento de impostos e requisitos básicos, para não partir de um meio desigual que possibilitaria um aumento da crise. Não obstante, cabe às Câmaras Estaduais analisar em quais cidades do seu estado as empresas de economia em rede tem maior atuação, visando definir quantas sedes e em quais locais cada empresa deverá instalar-se. Dessa forma, trabalhadores terceirizados terão acesso aos mesmos direitos de um trabalhador com renda fixa.