Para o economista liberal Adam Smith, autor de A Riqueza das Nações, todos os homens são individualistas e egoístas. A despeito dessa generalização, a crise econômica pela qual o Brasil atravessa, força-os a se reinventarem. Hodiernamente, a economia colaborativa tem se mostrado como válvula de escape, não apenas diminuindo às taxas de desemprego - no caso de empresas como a Uber -, como também facilitando a vida do consumidor. Em primeiro lugar, é importante ressaltar a importância da economia colaborativa frente à falta de oportunidade no mercado de trabalho. A adesão ao movimento, que cresce a cada ano, tem, consequentemente, diminuído o exército de reserva - conceito desenvolvido pelo socialista Karl Marx, referindo-se à grande massa de desempregados em espera, que permitia exigências mais do que necessárias ao proletariado por parte dos patrões. Nessa perspectiva, a população economicamente ativa (PEA) também é beneficiada. Ademais, por oferecer serviços inovadores, a facilidade encontrada pelos consumidores é um fator preponderante para o sucesso da economia compartilhada. O uso da internet, que está ininterruptamente atrelada ao dia a dia de grande parte da população, propicia a adesão. Desse modo, antes de pagar por um serviço, é possível ver as recomendações de outros usuários e, com a constatação da boa qualidade, existe a opção de escolhê-lo instantaneamente, como reservas em quartos de hotel. Fica evidente, portanto, que, dada a importância econômica e social que essas comunidades virtuais representam, são necessárias ações. Cabe à Receita Federal incrementar impostos que possam ser cobrados por cada compra, assim como em comércios físicos, a fim de promover a igualdade tributária.Quanto à concorrência, alvo de debates e apontada por muitos como desleal, mostra-se como inerente no processo de desenvolvimento do setor terciário para que haja uma melhoria sistemática nos produtos e serviços oferecidos à sociedade, afinal, como disse Heráclito: "Nada a permanente, salvo a mudança".