Desde as primeiras comunidades às primeiras civilizações, o espírito de colaboração significava o progresso coletivo. Embora na contemporaneidade o individualismo sobrepõem ao coletivismo, em um estado de crise econômica, a colaboração coletiva revela uma superação. Sobre esse tema, o advento tecnológico e o cenário econômico propício, colaboram para um crescimento. A priori, é factível ressaltar o “jeitinho brasileiro” no cenário econômico atual. Em uma economia globalizada neoliberal, na qual a tecnologia está integrada com o setor privado, a criatividade e o aumento das colaborações coletivas são importantes para os brasileiros, que, em sua cultura, têm a disposição para o empreendimento. Prova disso é a estatística de 2012 do SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), que consta 99% das empresas sendo micro ou pequenas empresas, mesmo em tempo de crise. Desse modo, esse setor econômico junto ao aumento colaborativo, aflora um mercado que não necessita de capacitação e é uma das saídas para enfrentar a crise econômica, como por exemplo, o aluguel de um produto, trocas e vendas (todos utilizando métodos digitais) Concomitantemente, por ser um setor de iniciativa privada, a isenção de impostos municipais devido à desregulamentação contribuem para o aumento. A respeito disso, em 2015, os motoristas de táxi protestaram sobre a isenção de impostos do setor de corrida privado (Uber). Apesar de o conflito social ser específico, as colaborações coletivas em detrimento dos serviços regularizados pelo Estado crescem justamente pela isenção dos impostos ao microempreendedor e consequentemente têm uma taxa de serviço mais barata, favorecendo o crescimento econômico. Sendo assim, fica claro que a burocratização não é a saída para um Brasil próspero. Urge, desse modo, uma necessidade do Governo Federal apoiar as empresas pequenas do setor colaborativo. Para isso, é fundamental que o Governo crie um departamento para monitorar os impostos abusivos e leis inadequadas dos municípios e dialogarem para incentivar o crescimento dessas empresas nessas regiões. Outro fator importante é as regulamentações excessivas que delimitam o crescimento de cada setor, com isso cabe ao poder público usufruir de pesquisas populacionais com o objetivo de atender a demanda de regulamentação de acordo com os desejos da população ligada ao setor a ser regulamentado. Somente assim teremos uma sociedade trabalhadora e sem medo das crises econômicas