A economia colaborativa surge como um modelo alternativo de consumo visando a partilha de recursos humanos e físicos com o propósito de que as pessoas possam manter seu estilo de vida, sem consumir de forma desenfreada. Além disso, a economia compartilhada impactou positivamente o Brasil, principalmente, diante do cenário de crise econômica. Contudo, deve-se atentar para a falta de uma regulação do setor. De acordo com Zygmunt Bauman, vivemos num mundo globalizado e isso implica dizer que dependemos uns dos outros, essa ideia permeia a economia colaborativa, pois propõe que compartilhemos os serviços ou objetos com o outros, exemplo disso são aplicativos como “Tem açúcar?” ou ainda plataformas, como Catarse que propõe o financiamento coletivo. É primordial, ainda, perceber que para ter acesso a todos esses serviços é necessário ter internet, pois são serviços 100% online, fato que pode excluir os 35,3% dos brasileiros que não possuem acesso à internet, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Por outro lado, é importante perceber que o país enfrenta uma crise econômica desde 2014, nesse contexto o número de desempregados aumentou exorbitantemente, dessa maneira, a economia de rede foi uma alternativa para se ter uma renda mínima. O exemplo, mais conhecido, é o Uber, aplicativo de carona paga que se difundiu em todo território nacional. Por isso, também foi alvo de vários protestos pelos taxistas que se viram em desvantagem em relação ao novo serviço, pois pagavam menos impostos que os táxis. Por conseguinte, é pertinente apontar que a economia de rede é um modelo que trouxe vantagens para seus usuários, porém vale ponderar que deve haver uma regulamentação para seu melhor aproveitamento, sem criar uma concorrência desleal aos outros serviços já existentes. Para isso, é importante que a câmara dos deputados proponha e vote uma lei para regulação das atividades colaborativas. Ademais, o Ministério das Comunicações pode promover incentivos fiscais, para as empresas de telecomunicações, com o intuito de baratear o serviço e melhorar sua qualidade, para que todos possam ter acesso a internet e permitir os compartilhamentos.