Existe um dito popular que diz que "as crises são momentos de oportunidades". Esta é a realidade da economia colaborativa no Brasil atualmente já que, a instabilidade política e econômica vivida no país desde 2015, causou o fechamento de muitas empresas ou demissões em massa. Isso forçou, as pessoas a buscarem por alternativas de renda. A partir desse cenário, a economia colaborativa ganhou espaço. O que era apenas uma complementação na renda domiciliar, se tornou o sustento de vários lares brasileiros. Ao usar a máxima de Durkheim, para o qual o coletivo se sobrepõe ao individual, a economia colaborativa passou a atuar nos mais diversos seguimentos - aluguel de carros, de casas, de malas, cuidados animais etc - e se mostrou uma rede de apoio altamente lucrativa e sustentável, já que é um freio no consumo desregrado das sociedades contemporâneas. Porém, essa rede colaborativa é mal vista pelo mercado tradicional que perde cada vez mais adeptos para aquela, com preços mais competitivos. Fato é que, o mercado tradicional sofre com as altas cargas tributárias, funcionários e estoque. Mecanismos que o mercado compartilhado não precisa ter. Além disso, se beneficia com a falta de regulamentação e impostos, tendo uma margem de lucro praticamente livre. Com essa ideia em mente, é necessário uma mudança de estratégia mercadológica. Os empresários devem fazer um aporte em seus negócios visando a qualidade dos serviços prestados e a busca por produções mais rentáveis, sem onerar o cliente. Os governos, federal, estadual e municipal, precisam enxergar as empresas, tradicionais ou colaborativas, como motores da economia e desafogá-las de impostos e cargas tributárias abusivas, além de regulamentar as empresas colaborativas de maneira justa, criando uma concorrência leal no mercado. É importante entender que essa é uma oportunidade para o mercado regular se reinventar pois a economia colaborativa é um nicho de mercado com, cada vez mais adeptos, que veio para ficar.