Diante da atual crise econômica surgiu uma nova tendência, denominada economia compartilhada, uma opção para se ter acesso a bens materiais por um custo menor, sem a necessidade de comprá-los. Nesse contexto, a propagação de tecnologias de comunicação tem promovido a expansão relações comerciais do tipo peer-to-peer. Esse sistema traz benefícios ambientais, uma vez que baseia-se no compartilhamento e não no consumo de mercadorias. Por outro lado, a regulamentação estatal tem agido no sentido de dificultar esse tipo de comércio. O aumento da produção a partir da Revolução Industrial, levou ao estimulo crescente para a compra produtos. Todavia, a extração de matéria prima numa velocidade maior do que a natureza consegue recompor e a alocação incorreta do grande volume de resíduos, tem provocado impactos ambientais. Nesse caso, o compartilhamento de bens age para amenizar os problemas ambientais gerado por esse processo, já que ameniza o consumo desenfreado. O compartilhamento de veículos, por exemplo, reduz tanto a necessidade de compra de novos veículos quanto o de número maior veículos em circulação –diminuindo a poluição do ar e sonora. Entretanto, a intervenção estatal nas relações econômicas de compartilhamento de produtos, pode atrapalhar difusão desse modelo de negócio. As regulamentações governamentais visam a imposição de regras e impostos. Destarte, isso invariavelmente gera maior burocracia e menor rentabilidade, desestimulando pessoas que potencialmente poderiam entrar nesse modelo de negócio. Recentemente, foram aprovadas as regras de funcionamento dos aplicativos de transporte como: Uber e Cabify, em que os motoristas interessados em entrar no serviço devem fazer cursos e receber autorizações dos órgãos reguladores. Em suma, para permitir a expansão da economia colaborativa o Estado deve garantir a liberdade econômica para os indivíduos. Para tanto, os deputados e senadores devem propor e aprovar projetos que removam leis burocráticas que dificultem a livre cooperação econômica entre indivíduos. Além disso, a população deve promover manifestações contrarias a aprovação de leis que dificultem o compartilhamento de bens entre pessoas. Pois, como disse Margaret Thatcher: “Não pode haver liberdade sem liberdade econômica”.