A escola é um vetor de transmissão da educação e formação do pensamento ético-moral. Porém, assim como abordado no livro ''O Cortiço'' de Aluizio de Azevedo, o meio modifica o homem, e o homem transforma o meio.Hoje, as escolas enfrentam um problema colossal: alunos, influenciados pela violência nas ruas e por mídias amadoras, transformam o ambiente educacional em um campo de guerra. Segundo o site de noticias BBC, o Brasil está no topo do ranking da violência escolar. Esse dado comprova o que os educadores vêm divulgando: a fronteira entre as escolas e a rua deixou de existir. O vandalismo, roubo, tráfico, e até mesmo assassinato passou a ser parte do cotidiano dos estudantes, com isso, dado que a juventude é uma fase de formação de caráter, o acadêmico fica exposto a interferência desses atos imorais. Em conjunto com a violência nas ruas, esta o modo que algumas mídias divulgam as brigas estudantis. Esse meio de informação - não profissional - contribui para um pensamento precipitado, no qual a brutalidade na escola passa a ser algo trivial, normal. Exemplo disso é a rede social Youtube, onde são divulgados vídeos de brigas ,por puro entretenimento, além disso,o site também é utilizado à prática do cyberbully, problema crescente na internet. Dado o exposto, fica claro a influência da violência na rua e das mídias amadoras no que se refere à brutalidade nas escolas. Nesse ponto, é preciso que o governo, líderes comunitários, e escolas discutam com os alunos, através de palestras e debates coordenados, a gravidade da selvageria escolar e da banalização do ato de brigar, bem como, pontificar os valores éticos-morais do respeito e seriedade, demonstrando que a divergência de ideias deve ser debatida pela dialética platônica, e não por pontapés e socos.