É evidente a inversão de valores que ocorre em alguns setores da sociedade brasileira, o que tem acontecido nas escolas é um exemplo. Uma das maiores causas da violência escolar é a falta de infraestrutura e o descaso com os profissionais. Deve-se ter em mente que o ambiente escolar é um reflexo do contexto geral da sociedade, se um deles se encontra em uma crise moral, o outro também se encontrará. A negligência dos governantes para com setores importantes como saúde e educação é um fator praticamente intrínseco da cultura política brasileira. Assim, é inevitável que diversos problemas acumulem em decorrência disso, a questão da violência nas escolas é somente um dos inúmeros exemplos. Geralmente, a problemática costuma ser mais comum em escolas públicas onde os jovens, muitas vezes de baixa renda, crescem em contextos de criminalidade e violência. Assim, ao levar essa bagagem para a escola, descarregam esses comportamentos em colegas ou em professores, que culturalmente são reconhecidos como figuras autoritárias e opressoras. É necessário que as famílias tenham noção do seu devido papel na educação dos jovens. A escola não é responsável pela totalidade da educação, valores como ética, respeito e um comportamento socialmente aceitável são imprescindíveis em uma educação familiar. Dessa forma, conclui-se que a violência nas escolas é uma consequência direta da distorção moral da sociedade brasileira. Assim, para mitigar a questão são necessárias posturas mais eficientes da família e das autoridades brasileiras, além disso, é preciso reavaliar a forma como é tratado o professor, cuja nobre profissão vem sendo tão desrespeitada e desvalorizada no Brasil.