Título da redação:

O fim da violência

Tema de redação: Os fatores motivadores da violência escolar

Redação enviada em 23/04/2016

Em Novembro de 2015, o vídeo de duas adolescentes brigando na porta da escola espalhou-se pelas redes sociais, “viralizando” devido ao comportamento de uma das garotas ao se reerguer após as agressões. Embora esse fato tenha sido visto de forma cômica pelos internautas, a violência escolar é uma realidade preocupante em todo o globo, originada por um modelo educacional apresentando sérias deficiências. Em primeiro lugar, é válido analisar a falta de inclusão –social, racial e de gênero- nas instituições. Apesar de medidas governamentais com esta finalidade serem cumpridas quantitativamente, a maior dificuldade se encontra na inserção do indivíduo dentro da sala de aula. Nesse contexto, grande parte dos alunos considerados “diferentes” permanecem isolados das relações sociais ali estabelecidas, sofrendo discriminações que podem levar a casos de agressão. Desse modo, o exercício da alteridade nas escolas é ausente, gerando um ciclo vicioso de atitudes intolerantes e, consequentemente, prejudiciais à formação psicológica de crianças e jovens. Cabe apontar, também, a manutenção do tradicionalismo no ensino. Ainda nos moldes jesuíticos de organização, boa parte dos colégios têm suas metodologias engessadas, o que valoriza a arcaica visão de subordinação do aluno ao professor. Diante dessa imagem autoritária, muitos estudantes sentem-se revoltados com sua pouca participação e descaso com suas reivindicações, tomando atitudes violentas contra o patrimônio e funcionários. Assim, fica evidente que a ascensão de atitudes danosas nas instituições não é de culpa exclusiva do discente. Fica claro, portanto, que a violência escolar é um problema urgente nas sociedades, tendo o modelo educacional vigente –arcaico e excludente- como um de seus principais fatores. Para atenuar tal quadro, os governos federais devem promover uma reforma desse setor, preocupando-se com a maior interação do aluno nas aulas e diminuindo a visão hierárquica existente. A escola também deve ajudar, utilizando os microcosmos –na metodologia básica- como ferramenta para o ensino de alteridade e respeito às diferenças. Desse modo, as instituições serão o início de grandes transformações sociais, tendo a resposta para a realidade da violência escolar como “Sim, acabou”.