( Não encontrei um tema mais apropriado, então gostaria que tratasse como se o tema fosse bullying. Desde já agradecido.) A sociedade brasileira contemporânea é marcada pelo avanço dos modelos educacionais. Todavia, é notório o retrocesso no combate ao bullying. Dessa forma, as agressões e insultos têm se manifestado em diversos meios, com ênfase no ambiente escolar, porém, não extintas no círculo virtual, contrariando a função de formar a ética dos indivíduos, pertinente à instituição. Diante disso, investigam-se fatores responsáveis pela situação, sobressaindo-se os problemas familiares e a atuação ineficientes dos colégios. Antes de tudo, observa-se que a falta de esmero das escolas no combate ao bullying, já que preferem omitir os conflitos existentes entres os alunos, ou considera-los normais, situação muitas vezes desconhecida pelos responsáveis. De fato, conforme pesquisa realizada pela Plan Internacional, ONG voltada para os direitos da infância, 21% dos casos de agressão, a maioria, se dá dentro da sala de aula, muitas vezes na presença do professor. Deste modo, a instituição se torna conivente com a perpetuação desses atos, ao invés de se posicionar contra a situação, bem como estimular os docentes a supervisionar e reprovar tais formas de intimidação. Nessa perspectiva, as escolas têm um poder maior que os pais em detectar e combater essa prática. Ademais, os sofrentes são geralmente sensíveis e poucos sociáveis, enquanto os agressores, por meio de intimidações, tendem a serem mais populares. Consequentemente, as vítimas desenvolvem depressão, baixa autoestima e fobia social, fatores que levam ao suicídio. Por outro lado, embora o âmago do transtorno seja o ambiente escolar, o comportamento dos provocadores tem origem no núcleo familiar. Dessa maneira, comunicações falhas, discussões sérias e violência doméstica incitam o jovem a perdurar as agressões, reproduzindo os acontecimentos de seus lares em outros locais. Segundo a psicóloga Lidiane Hadlich, a participação da família e dos educadores é fundamental para minimizar os efeitos negativos que o bullying pode causar em ambas as partes. Torna-se claro, nesse sentido, o importante papel dos pais no combate a esse problema. Logo, para solucionar tais problemas, faz-se necessária a efetivação destas medidas na realidade dos jovens. Primeiramente, cabe às escolas, acompanhada de profissionais capacitados, identificarem as vítimas e os agressores, por meio de câmeras e consultas individuais, bem como oportunizar orientação específica para cada grupo, com o auxílio dos pais. Além disso, as faculdades devem preparar os educadores para lidar com o bullying, por meio de disciplinas voltadas para psicologia educativa. Por fim, é imperativo que as empresas e as mídias intensifiquem os alertas sobre os efeitos dessa adversidade através da televisão. Associados esses caminhos garantirão os princípios básicos de moral, respeito e igualdade, atribuídos às escolas.