O filósofo Karl Marx acerta, ao afirmar que é preciso modificar o mundo. Um olhar em direção à realidade confirma que viver em sociedade significa estabelecer propósitos que sejam coletivos, ou seja, não se pode agir com violência nas escolas aos professores ou a outros estudantes. Nessa perspectiva, cabe analisar que o ambiente escolar tem virado palco de violências físicas ou morais em diversas oportunidades, envolvendo tanto alunos quanto professores e funcionários, sendo uma realidade que precisa ser denunciada e combatida. É fato que essa ideia requer, primeiramente, um estudo a respeitos dos fatores e das consequências dessas violências nas escolas. Nessa lógica, analisa-se que, a algumas décadas, a escola passou a ter o papel educador, também, se juntando a aprendizagem, interação e desenvolvimento social, logo, ficaram superfaturadas as ações das escolas, visto que o tempo de atuação dos professores é restrito. Desse modo, desentendimentos escolares acabaram sendo acarretados, como agressões e ameaças dirigidas dos alunos aos professores pelo fato de terem que ser educados e repreendidos na escola, dificultando o andamento do trabalho escolar. Outro ponto fundamental para consolidação desse tipo de pensamento é o fato que o bullying está fortemente presente nos campos estudantis, de modo que as crianças e os jovens não compreendem a dimensão de seus atos, fazendo com que haja um discurso de ódio em ambiente escolar. Ainda assim, vale ressaltar que muitos jovens acabam reproduzindo na escola as ações que vivem em casa ou que veem em filmes ou jogos, visto que esses costumam ser agressivos, obscenos e imorais. É lamentável que, contudo, ainda há a convicção dos mais jovens de impunidade, já que não atingiram a maior idade penal. Portanto, o posicionamento assumido nessa discussão demanda duas ações pontuais. A princípio faz-se necessário que o Ministério de Educação interfira nas escolas entrando em contato com os pais dos alunos para que esses possam dar um suporte ensinando valores morais e maneiras desse agir a seus filhos, a fim de que a tarefa de educar não fique restrita a escola. Além disso, é imprescindível que o MEC crie palestras em escolas e creches para professores, alunos e seus pais conscientizando das consequências que esse impasse escolar causa na vida dos jovens, com o propósito de diminuir o número de agressores. Com isso, acredita-se que será possível, como advoga Marx, promover uma mudança significativa nas escolas quanto a violência.