Na série "Todo o mundo odeio o Chris", Chris é chamado de "neguinho"e sofre agressões de Caruso, colega de classe. Fora das telas, percebe-se que a violência escolar é uma realidade enfrentada diariamente pelas escolas públicas e privadas. Nesse contexto, é preciso refletir sobre dois fatores relacionados à problemática, como as agressões realizadas pelos alunos e a falta de capacidade pedagógica em amenizar essa situação. Em primeira análise, cabe pontuar que existem muitos casos de violência entre os alunos no ambiente escolar hodiernamente. Comprova-se isso por meio da denúncia registrada pelo pai de uma aluna da Escola Estadual Castelo Branco, em Limeira, o qual afirma que ela teria recebido tapas, socos e arranhões de seus colegas pelo fato de ser bonita. Além disso, muitos professores são agredidos, dentro de salas de aula, pelos alunos, por causa das baixas notas recebidas, sendo estas interpretadas como ofensa pessoal e não como um alerta para que o aluno melhore, fato este que atrapalha o andamento das atividades pedagógicas e os relacionamentos dentro da escola. Dessa forma, é possível evidenciar que existem falhas não apenas na orientação familiar para com os filhos mas também das escolas que precisam deixar nítida a ética que os estudantes devem ter, no perímetro escolar, para que haja um bem-estar coletivo. Ademais, convém frisar que existem muitos profissionais, na área educacional, que não conseguem agir de maneira adequada quando há algum imprevisto de comportamento dos estudantes. Uma prova disso está em uma ocorrência registrada contra uma professora que empurrou indevidamente um aluno de 13 anos, o qual estava brincando durante a aula na Escola Estadual do Jardim Gilda. Talvez, a frase do filósofo francês Jean-Paul Sartre pode explicar a má providência da professora: "A violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota". Desse modo, percebe-se que os professores também precisam de orientação para agir sem fomentar este impasse. Em vista dos argumentos apresentados, medidas são necessárias para atenuar a problemática. É imprescindível que o Ministério da Educação crie o programa "Socialização em comunhão", nas escolas brasileiras, para que a tríade escola, família e alunos esteja cada vez mais unida, o que diminuiria significativamente os índices de violência escolar. Além disso, as ONGs, com a divulgação de meios midiáticos, devem oferecer assistência psicológica gratuita, nos ambientes educacionais, a fim de diminuir os transtornos de comportamento não só das vítimas mas também dos agressores. Outrossim, os coordenadores das escolas, junto com as famílias devem e o financiamento do Governo Federal, devem implantar mecanismos de vigilância, nas salas de aulas, para fiscalizar e proteger os alunos e professores que possam sofrer algum tipo de agressão. Logo, pode-se afirmar que a pátria educadora oferece mecanismos exitosos para promover a ética coletiva no que abrange a âmbito escolar..