Título da redação:

Escola de intintimidação

Tema de redação: Os fatores motivadores da violência escolar

Redação enviada em 31/08/2017

“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”, Camões. Nesse sentido, a frase elucida sobre a constante necessidade humana de mudanças. Nessa perspectiva, em que medida a prática de bullying nas escolas do Brasil é saudável? Sob o prisma de Focault, em sua obra “História da Loucura”, “Normal” seria tudo aquilo que está dentro das normas sociais vigentes, já “Anormal” aquilo que é marginalizado ou não-tolerado; sendo assim, tudo aquilo que foge dos padrões é perseguido. O bullying, assim, é um exercício dessa perseguição, em que os “fortes (normais) ” intimidam intencionalmente os “fracos (anormais) ”, em qualquer ambiente. No caso das instituições de ensino, esse problema é agravado, principalmente, porque a intolerância das diferenças é maior. Por mais que o Brasil seja um país culturalmente diversificado, onde é comum existirem diversas aparências, raças, sexualidades e tamanhos, as peculiaridades de cada indivíduo são dificilmente aceitadas entre os mais novos, e é assim que o bullying prevalece. Logo, essa prática de falta de tolerância dos alunos deve ser combatida, pois o ensinamento sobre o ser ético e humano, respeito e inclusão começa nas escolas. Segundamente, porque o exercício de dominação se encontra enraizado culturalmente. No período da colonização, os brancos dominavam os índios, os negros e, até mesmo, latinos, mas com o intuído de expandir território, explorar e colonizar. Já na contemporaneidade, isso mudou, e o único objetivo da prática é: violentar, agredir e causar dor à vítima. Assim ressalta-se, a razão que essa prática não poder ser mais ignorada, como vem sendo, pois caso persista só propagará: violência e desrespeito. Em suma, nota-se que a prática de bullying nas escolas do Brasil não é saudável, já que incentiva os futuros cidadãos a desenvolverem comportamentos agressivos e violentos. Por isso, cabe ao principal instrumento de educação e ao Estado em sinergia intervir, esse fiscalizando para que a lei, revigorada em 2016, de combate ao bullying não seja burlada e fazendo valer o que está no Diário Oficial; já as escolas garantindo que os agressores sejam repreendidos, como também promovendo palestras que conscientizem sobre o assunto; só assim desviaremos da escola de intimidação.