Na série Todo mundo odeia o Chris, o personagem principal sofre agressões físicas e verbais dentro da escola na qual estuda por ser o único estudante negro desta. Fora da ficção, a violência praticada nesse tipo de ambiente vem tornando-se cada vez mais recorrente e tem preocupado educadores a cerca de até que ponto a indisciplina e a falta de compromisso dos estudantes podem impactar na eficácia do processo pedagógico. Atualmente, a aderência dos jovens à criminalidade tem ocorrido com mais frequência, visto que estes acreditem que o universo do crime lhes proporcionará um futuro mais estável e em menos tempo que o estudo. Assim sendo, o desempenho escolar desses adolescentes cai e, como tentativa de não serem inferiorizados por causa de suas notas, e influenciados pela brutalidade e violência às quais estão diariamente submetidos, os alunos passam a fazer o uso de diferentes formas de agressão contra os professores e colegas de classe. A falta de respeito com os educadores, a desvalorização do ensino e o crescimento da criminalidade são fatores que em muito contribuem para a perpetuação da violência no interior das salas de aula. Pois, este deixa de ser um lugar de obtenção e aprimoramento de conhecimentos, no qual serão formados cidadãos críticos e portas para um futuro promissor serão abertas, e passa a ser uma extensão do mundo caótico que cerca os alunos, no qual não há o exercício da tolerância e todo conflito só pode ser resolvido tendo por base o uso da força bruta. Portanto, medidas fazem-se necessárias para a resolução do impasse, visto que a educação é a base da sociedade assim como afirmou Pitágoras ao dizer: “Eduquem as crianças e não será necessário castigar os homens”. Sendo assim, o MEC deve instituir projetos que promovam a valorização social dos professores enquanto vetores na disseminação do conhecimento, bem como as instituições policiais em parceria com o Legislativo e escolas públicas devem empenhar-se na criação de programas de resgate de jovens do mundo do crime, a fim de não só puni-los pelos seus delitos, mas também reeducá-los e trazê-los de volta à sociedade como cidadãos mais conscientes e que tiveram seu destino modificado pelo ensino.