Durante boa parte da história, o bullying foi considerado como uma simples e inocente brincadeira entre crianças. Porém, com o passar do tempo, e a percepção de que ele pode causar outros problemas, tais como depressão e suicídio, a sociedade se mobilizou acerca do assunto, se tornando mais atenta aos sinais dessa problemática. No entanto, ainda são muito comuns ofensas e agressões, que não só ferem a imagem da vítima, como também a traumatizam. Sendo assim, muitas mudanças ainda precisam acontecer para que a sociedade se torne mais justa e esclarecida. Em primeiro lugar, é importante ressaltar que o bullying sempre esteve presente na sociedade, principalmente em meio escolar. Apelidos maldosos, xingamentos, piadas e até mesmo agressões físicas, por inúmeras vezes foram confundidos com uma brincadeira e, portanto, ignorados. Dessa forma, a vítima, sabendo que seria desacreditada e julgada, preferia guardar para si seu sofrimento, que lhe desencadearia em uma série de traumas. Analisando esse aspecto pode-se perceber que o presente é reflexo do passado, haja vista que esse mesmo quadro se repete na atualidade, onde o bullying ainda é tratado como assunto banal. Por isso, é essencial que o Estado busque formas de conscientizar a sociedade, para que ela venha a entender a gravidade dessa questão. Em segundo lugar, é necessário expor as consequências para a vítima. Segundo a ONU, metade da população mundial de jovens e crianças já sofreu bullying. Uma pesquisa realizada pela Abrapia afirmou que 41,6% das vítimas nunca procuraram ajuda ou falaram sobre o problema e enfrentam diariamente o medo e a vergonha de saírem de casa. Fica claro, portanto, que tal problemática prejudica tanto a saúde física, como a mental e psicológica da vítima, que pode inclusive desenvolver doenças como depressão e tomar medidas drásticas como o suicídio. Nesse contexto, o Ministério da Educação e o Ministério da Saúde devem se aliar em busca de mecanismos de intervenção. Ademais, entra em questão a importância da educação para as crianças, que deve ser o foco para solucionar o problema. Conforme a lei de seleção natural de Darwin, o ser se adapta ao meio em que vive. Dessa forma, uma criança que vive em meio a agressores possui tendência de ser agressor no futuro. Em vista de que as crianças de hoje são o futuro da sociedade, o Ministério da Educação deve investir na conscientização delas. Diante dos argumentos apresentados é possível constatar a persistência do bullying na sociedade. Para solucionar esse problema, o Estado, juntamente com o Ministério da Educação, deve buscar formas de conscientizar tanto a população como as crianças, por mecanismos por elas compreensíveis, como fantoches, desenhos animados e jogos. Além disso, o Ministério da Saúde deve investir em campanhas sobre saúde mental, promovendo atendimentos com profissionais da área médica. Desta maneira, a sociedade poderá se tornar mais justa e esclarecida.