Título da redação:

Bullying no Ambiente Escolar

Tema de redação: Os fatores motivadores da violência escolar

Redação enviada em 07/06/2017

Mesmo considerada uma prática antiga, ilustrada até em obras literárias como “O Ateneu”, de Raul Pompeia, o “bullying” ganhou, somente nos tempos atuais, a sua devida discussão. Todavia, mesmo o debate em alta, nota-se a insuficiência de informações primordiais a respeito dessa prática maldosa. Convém analisar, portanto, as reais causas e consequências desse problema no ambiente escolar brasileiro. Em novembro de 2015, no Brasil, foi sancionada a lei que criou o Programa de Combate ao “Bullying”. O posicionamento da não utilização de medidas punitivas, mas sim a aplicação de procedimentos preventivos e educativos, é o seu grande diferencial. O que é correto, pois na grande parcela dos casos de bullying os agressores recebem unicamente uma penalidade, enquanto que, as crianças que são consideradas vítimas, ganham atenção e tratamento. Todavia, esquece-se de considerar que o agressor também precisa ser submetido a análise e a acolhimento. Ele torna-se suscetível a formação violenta de sua personalidade ao encontrar-se diante de inúmeros fatores influenciadores, tais como a carência afetiva, a ausência de limites e, principalmente, o modo de afirmação de poder e autoridade violento por parte dos pais sobre os filhos, ou seja, os maus-tratos físicos. Convém prezar, então, o novo olhar que a lei em vigor traz sobre os agressores. Contudo, não se deve invisibilizar a verdadeira importância de se combater o “bullying”: as consequências que essa traz às vítimas. Evasão escolar e queda do rendimento são as maiores preocupações de pais e de educadores. No entanto, esquece-se de outros males que podem deixar marcas mais profundas nas crianças, como exemplo, o isolamento, a depressão e até distúrbios alimentares. Esses acabam resultando, infelizmente, na formação de um adulto frustrado, que, por não saber onde esvaziar toda a negatividade acumulada, chega a tomar uma postura violenta ou a cometer medidas extremas, como o suicídio. O “bullying” pode ser tido, pois, não como uma cicatriz provisória, mas sim uma marca permanente na vida daqueles a que foram-lhe submetidos. Desse modo, cabe a mídia difundir em maior escala as campanhas de conscientização para que as consequências do bullying estejam explícitas aos olhos da sociedade. Ademais, os centros de ensino devem oferecer tanto às vítimas, quanto aos agressores, os seus devidos acompanhamentos psicopedagógicos a fim de extinguir qualquer mal que exista ou chegue a desenvolver-se.