No limiar do século XXI, a violência aumentou no ambiente escolar brasileiro. No entanto, os transtornos relacionados aos alunos agressivos têm origem no núcleo familiar. Além disso, as redes sociais contribuem para que esse problema se perpetue. Segundo o instituto de pesquisa da USP, cerca de 85% dos estudantes que se envolvem em brigas no colégio carecem dos cuidados de um responsável. Nesse cenário, os professores são vistos por esses alunos como inimigos e não como instrutores, o que dificulta o trabalho. Diante disso, xingamentos e até agressões físicas nas escolas são fenômenos que não podem ser analisados isoladamente, pois estão vinculados com a relação entre aluno e a sua família. As desavenças presentes no âmbito escolar atingem maiores proporções com as redes sociais. Dentro desse contexto, é praticamente impossível impedir a divulgação de fotos e vídeos dos conflitos, já que são rapidamente compartilhados. Essa realidade é retratada no filme Cyberbully, no qual a personagem principal é ofendida por colegas no meio virtual. Esse tipo de agressão é o mais difícil de combater, uma vez que é possível manter o anonimato. Para o filósofo Rousseau, “o homem nasce bom, a sociedade que o corrompe”. Partindo dessa verdade, conclui-se que para acabar com a violência escolar é preciso uma mudança tanto na instituição de ensino quanto no núcleo familiar dos estudantes agressivos. Para tanto, é preciso que os membros do Conselho tutelar e do CMDCA nesses ambientes o cumprimento das normas previstas no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).