A Cidade-Estado grega Esparta é historicamente conhecida por tutelar suas crianças e jovens dentro de uma cultura violenta e guerreira, através de escolas que misturavam o ensino comum com a arte da guerra. Porém, o establishment da sociedade contemporânea encontra-se centrado no ensino diplomático e voltado às informações científicas. Apesar da mudança na ordem da sociedade, constantemente ocorrem casos de violência dentro de escolas, em que alunos agridem professores, servidores e outros alunos, um comportamento inconsequente dentro do corpo social brasileiro, que necessita de erradicação. O número de casos de violência na escola, apesar de não existir uma pesquisa em âmbito nacional, vem aumentando exponencialmente desde 1990 segundo a UNICEF. A mídia, e frequentemente os próprios alunos, através de rede sociais, constantemente demonstram casos de professores agredidos, alunos apanhando por motivos triviais e até mesmo ocorrência de abusos sexuais dentro do espaço escolar. São constantes os casos de depredação de escolas e de propriedades de servidores, como seus automóveis e motocicletas, atos esses que são usualmente motivados por um desentendimento entre aluno-professor/servidor, uma nota abaixo do esperado ou até mesmo por diversão. O sociólogo Francês Émile Durkheim afirmava que as ações dos indivíduos são influenciadas fortemente por fatores externos, denominados fatos sociais, que possuem poder coercitivo sobre o agir e pensar do ser. As crianças e adolescentes, ao estarem inseridas no ambiente atual violento da escolas, portanto, tendem a manter esse comportamento agressivo. O baixo nível da educação brasileira resulta na desmotivação dos alunos em relação a um maior comprometimento com o ensino e aprendizado, gerando a visão da escola como uma mera obrigação de suas vidas, sem perceber a real importância da educação para o futuro do indivíduo. Ao analisar os fatos, torna-se necessário, por conseguinte, ação do Estado e da sociedade para a correção deste impasse. É papel dos pais realizar um acompanhamento mais detalhado dos comportamentos escolares de seus filhos, corrigindo atitudes que estejam em desacordo a conduta esperada. O Ministério da Educação deve investir na instalação de segurança nas escolas, para a proteção dos ali presentes, como câmeras e detectores de metais, além de contratação de seguranças para as escolas, podendo criar leis que permitam o envio direto de recursos para esse objetivo. Os colégios, juntamente com a sociedade, devem investir em programas objetivados em tornar os colégios lugares interessantes aos alunos, promovendo atividades de lazer como gincanas e esportes, gerando, assim, uma ligação sentimental dos alunos quanto as suas instituições de ensino.