Múltiplos são os fatores que ocasionam o aumento do número de casos de violência no ambiente escolar, seja entre alunos ou entre alunos e professores. No entanto, o contexto de vida e o nível de escolaridade dos pais e/ou cuidadores, ou até mesmo o sistema escolar podem ser questões preponderantes para um diagnóstico mais preciso. Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a educação doméstica e escolar tem o papel de fornecer à criança e ao adolescente, valores atitudes e comportamentos necessários para a vida em sociedade. Contudo, maus tratos por e entre familiares e liberdade para assistir programas que estimulam a violência faz arte do cotidiano de muitos deles em idade escolar. Tais fatores são somados ao baixo nível de escolaridade dos cuidadores das crianças e adolescentes, sobretudo, os de escola pública, que reproduzem os comportamentos dos adultos ao redor, e não aprendem a lidar com os sentimentos ditos negativos. Por conseguinte, descontam de forma intencional ou não, naqueles que estão nos seus convívios. Os cuidadores, pais e educadores da escola, possuem, portanto, a tarefa de estimular a reprodução de valores que fomentem o respeito mútuo o diálogo para resolução de conflitos além do trabalho coletivo de identificação dos indícios das atitudes violentas dos alunos e alunas para que se possa atenuá-las.