A sociedade brasileira acompanha nas últimas décadas a suposta ascensão da criminalidade e o declino da sociedade. Nesse sentido, observa-se uma visão unilateral a respeito da sociedade, uma vez que não se avalia mais a totalidade de uma determinada situação. Portanto, problemas que se originam do descaso e negligência tomam outras proporções, só para exemplificar, o fato da violência escolar, este fato não é reincidente apenas do século XXI, porém com o aumento substancial dos meios midiáticos esse assunto tem se tornado pauta. O país já passou por inúmeros momentos trágicos, onde a violência era tida como lei, por exemplo, o período do golpe militar (1964-1985). Logo, essa guinada conflituosa da sociedade já está presente nela há alguns anos. Assim sendo, a mídia que conquistou seu espaço de influência tende a supervalorizar casos que são estruturais da sociedade. A violência escolar é um deles, pois não há o compromisso de compreender as mazelas do ensino público e seus alunos. De um modo geral, salvo exceções, escola nunca foi a prioridade do governo, o que se constata é a profunda precarização das escolas e o sucateamento do ensino. No ano de 2015, o governo de São Paulo, tentou continuar com esse processo promovendo a (des)organização escolar. Entretanto a reação dos alunos foi imediata, ocupando escolas e residindo nelas até á anulação do projeto. A reação dos alunos no ambiente escolar é reciproca a forma como eles são tratados; o remanejamento escolar é um exemplo do desrespeito, a partir do momento que se desconsidera as discrepâncias e particularidades dos alunos e passam a trata-los como gados. O efeito desse tratamento são alunos cada vez mais revoltados que irão procurar uma válvula de escape, que poderá ser a violência. Portanto o problema da violência escolar envolve outros fatores do que a simples arbitrariedade dos alunos. Desse modo para transformar o ambiente escolar em um lugar digno, e assim evitando conflitos, ficam algumas lições das ocupações de 2015, por exemplo, maior autonomia dos alunos e professores, não seguindo bovinamente a grade curricular do estado, uma vez que os professores conhecem melhor a individualidade de cada aluno, bem como á autogestão para os alunos organizarem a limpeza, distribuição de material e fiscalização das bem feitorias feitas à escola. Destarte promovendo responsabilidades entre os alunos, como também o espírito de coletividade e união.