É cada vez mais frequente transformar o ambiente escolar em um cenário de guerra. As brigas entre alunos começam pelo menor motivo que se possa imaginar, uma simples bala negada se transforma em motivo para agressão verbal que muitas vezes passa para o físico. Contudo, tais atos de agressões, verbal e física, passaram a atingir aqueles que deveriam ser as autoridades e receber o máximo de respeito e admiração dos alunos. Virou rotina os jornais e noticiários de televisão, assim como compartilhamentos em redes sociais, onde a notícia é algum tipo de agressão sofrida por algum professor por parte de algum aluno que, na maioria das vezes, está insatisfeito com a nota recebida em um trabalho ou em uma avaliação formal da instituição de ensino, criando-se o caos onde deveria reinar a tranquilidade. Tais fatos geram inúmeras perguntas e dividem, assim como qualquer outro assunto, a opinião da sociedade. Se por um lado alguns pedem a volta da palmatória, outros defendem o diálogo. Há quem diga que a responsabilidade é totalmente da instituição, enquanto outros dizem que a responsabilidade tem que ser dividida entre os pais e a instituição. Bem da verdade, a responsabilidade maior deve vir de casa. É no lar que o estudante passa a maior parte do tempo e é de lá que deve vir a educação, sobre tudo o respeito deve ser ensinado. Atualmente a falta de tempo, devido ao trabalho em grande parte, dos pais fazem com que estes, em seu tempo livre, se tornem muitas vezes permissivos, tirando limites ao invés de impor, com isso os professores assumem, em tese, o papel de educadores em dobro, o que torna impossível o desenvolvimento do aprendizado em sala de aula. Cabe às instituições de ensino, juntamente com os professores, cuidar do intelecto do aluno, garantir que saiam de suas salas de aula prontos para os desafios futuros e vida profissional, mas é de responsabilidade dos pais, ou tutores, ensinar o respeito, o desafio do “não” e a motivação por trás de uma nota ruim, acima de tudo, é dos pais a responsabilidade de mostrar para o filho que, não fosse o trabalho árduo do professor, nenhuma outra profissão teria credibilidade ou profissionais. Se deve ter, então, o apoio mútuo de pais e professores, pois a formação de novos cidadãos vem de ambos. Escolas e comunidades devem andar de mãos dadas na luta contra os atos de violências escolares, seja eles contra os professores ou entre os próprios alunos, realizando projetos e conversando com quem comete o ato, trabalhando com psicólogos e assistentes sociais para entender o motivo e trabalhar para que não se repita. É o professor que fornece as ferramentas para uma carreira brilhante, mas são os pais que constroem a base.