Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Os empecilhos da doação de sangue no Brasil

Redação enviada em 30/08/2017

São diversas as ocasiões em que a transfusão sanguínea é essencial para a manutenção da vida humana. Contudo, segundo uma reportagem do jornal O Dia, apenas 1,8% dos brasileiros doam sangue. Isso se deve, principalmente, à falta de conhecimento acerca da importância, bem como da segurança do processo de doação. Nesse prisma, urge a tomada de medidas a fim de que esse cenário seja revertido. Em primeira instância, é importante salientar que a falta de conhecimento acerca da importância da doação de sangue está diretamente relacionada ao descaso do brasileiro para com essa prática. Tal afirmação pode ser corroborada ao analisar-se um período da história brasileira no qual a ignorância popular acarretou a formação de ideias precipitadas : a Revolta da Vacina, em 1904. Essa rebelião ocorreu devido à criação de uma lei que determinava obrigatória a vacinação contra a varíola. Inobstante, hodiernamente, seja da ciência de todos a importância das vacinas, na referida época, as pessoas desconheciam os benefícios trazidos pela aplicação de antígenos no corpo e, por isso, se rebelaram. Sob esse ângulo, torna-se possível evidenciar que a falta de ilustração dos indivíduos no que tange a importância da doação de sangue acarreta a rejeição dessa prática, prejudicando aqueles que precisam da transfusão sanguínea. Outrossim, o comportamento adotado contra a vacinação em 1904 também é fruto da disseminação de rumores enganosos de que a vacina, na verdade, consistia na aplicação do vírus da varíola, visando ao extermínio da população mais pobre. Trazendo-se esse contexto para os dias atuais, torna-se evidente que, embora o temor da vacinação já tenha sido superado, a propagação de boatos de que o processo de doação sanguínea pode ser facilitador para a contração de doenças cuja forma de transmissão é o contato sanguíneo ainda amedronta a população. Tais boatos podem ser considerados falaciosos uma vez que todos os instrumentos utilizados durante o processo de doação são devidamente higienizados e esterilizados, não havendo riscos para a transmissão de doenças. Torna-se evidente, portanto, que medidas são necessárias para aumentar o número de doadores no Brasil. Dessarte, cabe ao Ministério da Educação, instituir palestras mensais nas escolas, ministradas por médicos e enfermeiros, obrigatórias aos alunos do ensino médio e abertas à comunidade, nas quais seja demonstrada a importância de se tornar um doador, a fim de influenciar os jovens a doarem sangue. Ademais, à mídia televisiva é dado o dever de transmitir documentários que demonstrem todas as etapas de doação sanguínea, inclusive as etapas de higienização e esterilização, com o propósito de tranquilizar a população acerca do processo.