A população brasileira sempre foi vista com um caráter cordial, dotada de preocupação aos problemas alheios. Apesar disso, atualmente o empecilho à doação de sangue contradiz esse caráter, revelando uma falha na função social dos cidadãos. Esta se apresenta como um grande obstáculo a ser resolvido, visto que segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil não atinge os 3% necessários da população doadora dentro do país. Assim, percebe-se o enorme impasse que a falta de informação gera nos indivíduos de uma nação. A escassez de conteúdos abordada reflete principalmente os interesses da população, visto que disseminam em sua maioria, medidas voltadas ao entretenimento, distanciando das ações de caráter social. Aliado a baixa propagação da verdadeira origem dos problemas enfrentados nos hemocentros, a população tende a culpar estruturas governamentais sob qualquer medida, já que o país passa por uma crise de representatividade apoiada nas medidas corruptas recorrentes. Desse modo, é difícil uma ação integrada dos cidadãos com o Estado para solucionar o impasse da doação de sangue no Brasil. Outro fator preocupante é a falta de investimentos nas unidades de saúde pública. Com a baixa qualidade do setor, é inviável o incentivo e propaganda necessários à doação, uma vez que não há espaço nem financiamento por tais condutas. Entre os motivos que levam as pessoas a não doarem é a falta de informação tanto com relação ao próprio procedimento quanto a localização das unidades coletoras. Consequentemente, as doações tendem a ficar estagnadas devido a problemas econômicos derivados de uma má administração governamental. Fica claro, portanto, que a resolução dos problemas voltados a doação de sangue deve chegar a população, ser propagada e tornar-se meta das medidas do Legislativo em todas suas esferas. Nesse sentido, o uso de ações afirmativas pelo Estado provisoriamente aumentaria os doadores, como por exemplo um crédito financeiro, até que a consciência plena de doação seja alcançada. Aliada a isso, uma reforma educacional que privilegie a atenção aos problemas humanitários diminuiria a falta de informação dos jovens, bem como a busca de financiamento pelo Ministério da Saúde para a produção de propagandas voltadas a importância da manutenção dos hemocentros dentro dos níveis estabelecidos pela OMS.