Uma das atitudes mais nobres de solidariedade, a doação de sangue, é muito importante para o sistema de saúde pública. Entretanto, ao observar o cenário brasileiro, o número de doações é abaixo do ideal e isso se dá pela falta de informação e ausência de uma cultura de doação. A priori, é conveniente a nós evitar o desconhecido e, nesse sentido, a falta de informação sobre a doação de sangue desperta aversão aos possíveis doadores, diminuindo consideravelmente o número de doações. Segundo a OMS, é ideal que pelo menos 3% da população seja doadora, contudo, apenas 1,8% dos brasileiros são doadores. Uma explicação para tal fato é o medo, medo do procedimento e de ter alguma complicação ou doença após a doação. Isto é, a ausência de explicações sobre o assunto diminui ainda mais o número de doadores. Outrossim, a falta de empatia e de solidariedade é um impasse muito presente em nosso país. Aliás, de acordo com a ONU, os brasileiros doam menos que os vizinhos latino-americanos. Além disso, segundo Aristóteles, “a omissão de um indivíduo reflete diretamente na vida do outro”, sendo assim, a inexistência de uma cultura de doação afeta diretamente na vida das pessoas que estão nosso redor. Apesar disso, há pouca preocupação com aquilo que não nos atinge, uma vez que temos a possibilidade de ajudar uma vida com um ato tão simples e não o fazemos. É essencial, portanto, que haja informação sobre o assunto, para isso, as Secretarias de Saúde devem usar redes sociais, propagandas e panfletos para sanar as dúvidas da população e, por conseguinte, aumentar o número de doadores. Ademais, o Ministério da Saúde, em parcerias com meios midiáticos, deve mostrar a importância da doação de sangue por meio de relatos reais de pessoas que um dia precisaram de transfusão, mostrando assim a importância dessa ação solidária. Destarte, aumentando o número de doadores.