Atualmente, é muito comum o uso das redes sociais para divulgar campanhas para encontrar doadores para alguém que esteja com uma doença grave chocante. Todavia, o problema da falta de doadores vai muito além de ajudar uma ou outra pessoa necessitada, visto que, dentre as muitas questões que afastam as pessoas de doar, estão as amarras psicológicas e sociais. No geral, é comum ouvirmos pessoas dizerem que fogem da doação de sangue por medo do ato em si. Há uma estigmatização, desde a infância, quanto ao uso de seringas, agulhas e escalpes na saúde, e essa cultura de que a perfuração na pele dói, além do fato, de momentos após a doação o indivíduo se sentir fraco reforçam os argumentos daqueles que se esquivam por motivos psicológicos da doação de sangue. Ademais, fatores sociais contribuem para o deficit nos bancos de sangue, a ausência de um sentimento de responsabilidade com o próximo associado a falta de informação quanto a importância da doação afastam uma parcela da população. É de se observar, o fato de quando uma pessoa da família do não doador necessita de sangue, este se aproxima do problema da falta de estoque de sangue nos hemocentros e a partir daí, passa a realizar uma campanha no sentido de conseguir doadores. Contudo, após a necessidade o assunto volta para o esquecimento. Assim sendo, para alterar os aspectos psicológicos e sociais que influenciam negativamente na doação, seriam interessantes ações de sensibilização, inicialmente, com os familiares dos usuários dos serviços de saúde e depois com a população em geral, além, da institucionalização de incentivos, como: progressão de regime aos presos, redução de tarifas e preços públicos para os doadores, dentre outros.