A Segunda Guerra Mundial é uma mancha eterna na história da humanidade. Entretanto, apesar das milhares de mortes e das atrocidades cometidas ela foi responsável por trazer para a sociedade um grande avanço tecnológico que foi capaz de promover um progresso na medicina. Neste cenário, diversas novas tecnologias surgiram e o que era antes usado para promover a guerra, hoje é usado para melhorar a vida. Dessa forma, métodos, como a transfusão de sangue, possibilitam o maior bem-estar social. Todavia, no Brasil, diversos empecilhos dificultam esse procedimento, pois o sangue necessário é obtido através de doações e, neste âmbito, urgem diversos impasses. De um modo geral, a falta de conscientização e conhecimento sobre o processo causam os baixos índices de doações (apenas 1,8% da população doa regularmente, segundo dados da Agência Brasil). Não há, no país, uma cultura de convivência social, ou seja, não é ensinado para as crianças, desde cedo, o quão importante são atos que ajudam a propiciar uma melhor qualidade de vida para a sociedade, como a doação de sangue. Além disso, a criação de “mitos” relacionados à doação – como a errônea afirmação de que doar engorda – ampliam a questão. Ademais, também é cabível afirmar que a política de exclusão a grupos LGBT, grupo este que possui grande ativismo social, alongam ainda mais a problemática. Nesta circunstância, mesmo os indivíduos que preencham os requisitos mínimos para a doação são considerados como grupo de risco e, dessa maneira, são impedidos de doar. Fica evidente, portanto, que os empecilhos para a doação de sangue podem ser contornados. O Ministério da Saúde, em parceria com o MEC, deve realizar palestras, feitas por profissionais da área da saúde, em escolas e universidades. Dessa forma, os jovens entenderiam como é realizado o procedimento, quais são suas vantagens e, além disso, sanariam todas as suas dúvidas, evitando, posteriormente, a desinformação. Outrossim, é papel do poder legislativo, por meio da criação de uma lei federal, garantir que grupos LGBT tenham a oportunidade – desde que preencham os requisitos – de doar.