Com o avanço das técnicas médicas, tornou-se possível salvar outras vidas com a doação de sangue, conquistando uma grande repercussão mundial com a Primeira Grande Guerra, no século XX. Com esse procedimento é possível ajudar pacientes com doenças crônicas e casos de emergência, mas, para isso, depende-se do estoque do banco de sangue, que, no Brasil é insuficiente em relação ao número de pessoas que necessitam de transfusão sanguínea. De acordo com dados do Ministério da Saúde, menos de 2% dos brasileiros são doadores de sangue, percentual abaixo da meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde. Acerca da mesma pesquisa, constata-se que a faixa etária mais presente nesse ato voluntário está entre 16 e 29 anos, em sua maioria, masculina. A baixa quantidade nos estoques sanguíneos interfere diretamente aos que necessitam da transfusão, já que a cada uma doação, pode-se beneficiar até quatro indivíduos. Entre os entraves para aumentar o número de doadores, a falta de conscientização da população diante da importância e o receio causado pela ausência de conhecimento do procedimento, são os que ficam em destaque. Muitas pessoas não sabem da relevância que o auxílio sanguíneo pode oferecer a inúmeros processos, e também, ao não precisar da doação e não conhecer o receptor, descartam essa necessidade, segundo o apuramento feito por universitários da FATEC. Logo, não há dúvidas de que é necessário reverter o atual quadro de doações no Brasil, aumentando sua proporção. Para isso, o Ministério da Saúde deve criar campanhas sobre a relevância desse ato solidário e como é executado, transmitindo segurança aos cidadãos. Além disso, doadores devem conversar com familiares e amigos a fim de influenciá-los à doação, já que ao ver um conhecido realizando essa ação, gera-se uma confiança maior. Assim, o país poderá atingir a meta de 3% de doadores afirmada pela OMS.